A diminuição na fabricação mundial de fertilizantes, principalmente os produzidos na China, pode afetar a produção de alimentos no Brasil a partir de 2022. O alerta foi dado na sexta-feira (8), pelo presidente Jair Bolsonaro, que teme o desabastecimento agrícola no País.
Para contornar a falta de fertilizantes usados na agricultura, o deputado Fausto Jr. disse que vai propor a criação de uma força tarefa, unindo os governos federal, estadual e prefeituras, além de órgãos ambientais e indústrias de fertilizantes.
“Protocolo de guerra se for necessário. Ano passado o governo federal usou este protocolo para acelerar a produção de respiradores no Brasil. Agora vamos acelerar a produção dos fertilizantes para não deixar faltar comida na mesa dos brasileiros.”, afirmou Fausto.
A ideia é “destravar” e alavancar a produção de fertilizantes no Brasil, onde existe a maior reserva de potássio no mundo. O mineral é a matéria prima usada em larga escala em todos os setores da agricultura, ajudando no rápido desenvolvimento das plantações.
“Proponho uma força tarefa para destravar a produção de potássio no Brasil e, dessa forma, diminuirmos a dependência de fertilizantes importados”, afirmou Fausto Jr. “Somos o maior importador de potássio do mundo, com mais de 10,45 milhões de toneladas compradas por ano”, acrescentou.
Entre as propostas do deputado, está a utilização das jazidas de potássio localizadas nos municípios de Autazes, Itacoatiara, Nova Olinda do Norte, Silves, Nhamundá, Itapiranga e São Sebastião do Uatumã, no interior do Amazonas.
Segundo pesquisas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), os municípios possuem as maiores reservas de potássio do Brasil, capazes de resolver a dependência de fertilizantes no País.
“Nossa produção seria capaz de acabar com a dependência de potássio no Brasil e, principalmente, garantir a produção de alimentos”, afirmou o deputado. O excedente na produção pode ser vendido a outros países que enfrentam também a queda na oferta de fertilizantes.
A criação da força tarefa para exploração das reservas minerais vai permitir a injeção de recursos públicos e privados no interior do Amazonas. “Os investimentos trazem oportunidades e negócios e mais empregos. É o que nosso povo precisa”, destacou Fausto.
Em 2020, segundo dados do Ministério da Agricultura, Agropecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil gastou mais de R$ 40 bilhões com a importação de matéria-prima para fertilizantes. “São recursos que poderiam estar entrando nos cofres do Amazonas e do Brasil, fomentando a nossa economia, além de se tornar uma alternativa, além da Zona Franca de Manaus”, planeja o deputado.