O deputado Dermilson Chagas (Podemos) solicitou do gerente regional da Caixa Econômica Federal, Wellyngton Veloso, apoio institucional para solucionar os problemas de pescadores que têm sido vítimas de furto e fraude no Seguro-Defeso. Os crimes estão sendo realizados por meio da internet por quadrilha especializada em crimes cibernéticos, segundo o parlamentar.
O deputado Dermilson Chagas, que estava acompanhado do presidente da Federação dos Sindicatos dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Estado do Amazonas (Fesinpeam), Raimundo Braga, também solicitou que possa ser resolvido o problema de abertura de contas bancárias, pois alguns pescadores relataram estão tendo dificuldade no processo de abertura de contas em seus municípios. O parlamentar também levou ao conhecimento do gerente regional da Caixa uma preocupação sobre o pagamento do Seguro-Defeso de 2015 e 2016, que deve acontecer em breve.
“Com relação às casas lotéricas, o problema é sobre os valores e o volume de recursos do pagamento do Seguro-Defeso de 2015 e 2016, que quando tiver a data de pagamento prevista, o volume será muito alto e quantidade de recurso por cada conta que pode ser depositado será muito pouco, então estamos pedindo providência também sobre esse fato”, comentou Dermilson Chagas.
Esta é a segunda reunião que o parlamentar tem com a gerência regional da Caixa. A primeira foi realizada em 9 de agosto, quando o parlamentar buscou informações técnicas para serem repassadas aos pescadores que estavam sendo vítimas do saque ilegal via Pix.
“Recebemos vários relatos de pescadores do interior do Amazonas que tiveram seu dinheiro do Seguro-Defeso sacado ilegalmente em outros estados e, por isso, trouxemos essa denúncia em agosto deste ano para a Superintendência Regional da Caixa, para que ela nos fornecesse informações e orientações para que pudéssemos repassar aos pescadores. Desde agosto, tenho participado de reuniões com pescadores no intuito de repassar essas informações, juntamente com o presidente da Fesinpeam, e retornamos aqui na Caixa para solicitar o apoio para o atendimento de pescadores em casas lotéricas, auxílio na abertura de novas contas e celeridade na análise dos processos dos que foram vítimas de saque ilegal via Pix”, comentou Dermilson Chagas.
O parlamentar explicou que os pescadores do Amazonas que mais têm sido vítimas de crimes cibernéticos, que estão se tornando comum com o desenvolvimento de aplicativos para celulares e também de técnicas digitais de estelionato, são dos municípios de Canutama, Tefé, São Paulo de Olivença e Manacapuru.
O deputado Dermilson Chagas recebeu do gerente regional da Caixa a promessa de que o banco dará início ao processo de análise dos casos de pescadores que tiverem sido vítimas de furto ou fraude no pagamento do Seguro-Defeso e explicou que esse procedimento agilizará o processo de investigação policial. No encontro, Veloso destacou que todo o apoio que a instituição bancária puder dar para contribuir na resolução do problema será feito o mais rápido possível.
Procedimentos
O gerente regional da Caixa orientou que os pescadores que forem vítimas de furto ou fraude devem fazer a contestação de movimentação financeira da conta, que pode ser realizada em uma agência da Caixa. Basta levar um documento de identificação. No caso de o pescador não ter como ir a uma agência da Caixa no seu município, ele deverá registrar Boletim de Ocorrência (BO).
A partir disso, o banco acionará a área de Segurança, que irá fazer a análise para verificar se houve fraude ou não. Em seguida, será emitido um parecer, que irá discriminar toda a movimentação do período em que supostamente ocorreu a movimentação ilegal na conta.
O gerente regional do banco também orientou que os pescadores não utilizem o celular de terceiros para cadastrar seus dados no aplicativo Caixa Tem porque a possibilidade de ocorrer fraudes ou roubos é maior. Ele também orientou que, ao perceber que houve furto ou fraude, o correntista deve bloquear os dispositivos, especialmente em casos de perda ou roubo de celulares nos quais os aplicativos tenham sido baixados. Se o correntista tiver usado o celular de algum parente para baixar o aplicativo, ele deve desabilitar o aplicativo e utilizar o seu próprio celular para ter acesso a um novo cadastro.