A vice-presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB), vê com bons olhos a presença das Forças Armadas no Conselho da Amazônia. O novo órgão, que foi anunciado esta semana pelo presidente Jair Bolsonaro, será coordenado pelo vice-presidente Hamilton Mourão. O conselho vai coordenar as ações dos ministérios voltadas para a proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Para a deputada Alessandra, a criação do Conselho da Amazônia é bem-vinda, porque a nossa região sempre precisou de um olhar diferenciado do poder central. Na avaliação da parlamentar, a escolha do vice-presidente, General Mourão, é um acerto porque além de ele ter raízes no Amazonas, é integrante do Exército Brasileiro, tem ligação com os generais Heleno, Villas Boas, Nardi e outros que serviram aqui e conhecem como poucos a realidade do nosso estado e da Amazônia como um todo.
“Vejo como uma esperança a criação do Conselho da Amazônia, por envolver as Forças Armadas, que fazem um excelente trabalho de inteligência, de estratégia e principalmente na parte social, levando ações sociais e de cidadania às comunidades mais distantes, onde muitas vezes o poder público não chega”, disse Campêlo.
A vice-presidente da Assembleia, entretanto, mantém a desconfiança em relação á equipe dirigida pelo ministro Paulo Guedes. Alessandra disse que o Conselho da Amazônia significa “uma esperança num momento político em que a equipe econômica do Governo Federal faz gestos que enfraquecem sistematicamente o modelo Zona Franca de Manaus, como é o caso do setor de concentrados que está ameaçado pelo desemprego”.
Para a deputada, a Amazônia precisa de investimentos, da mão do Estado Brasileiro colocando recursos na infraestrutura da região, respeitando as leis ambientais e aliando o desenvolvimento à sustentabilidade. É preciso, segundo Alessandra, investir em Ciência e Tecnologia.
“Espero que o Conselho da Amazônia atue entendendo as nossas peculiaridades geográficas, sociais e econômicas. Um assunto que me preocupa bastante é o avanço do tráfico de drogas nas fronteiras do Amazonas, e isso precisa ser duramente combatido, porque o tráfico de drogas virou um poder paralelo que ameaça a segurança da nossa população. Vamos esperar para ver como será na prática o funcionamento desse conselho”, concluiu Alessandra.