Curta-metragem apoiado pela prefeitura é escolhido o melhor filme do Festival de Gramado

O cinema amazonense ganhou destaque nacional na noite de sábado, 26/9, ao receber cinco premiações do tradicional Festival de Cinema de Gramado. O curta-metragem “O Barco e o Rio”, dirigido por Bernardo Ale Abinader, e produzido pela Fitacrepe Filmes e Artes Cênicas, com o apoio do Edital Prêmio Manaus de Audiovisual, da Prefeitura de Manaus, levou para casa o “Kikito” de Melhor Filme; Melhor Direção; Júri Popular; Melhor Fotografia, por Valentina Ricardo; e Melhor Direção de Arte, por Francisco Ricardo Lima Caetano.

 

“Quero parabenizar os artistas que fizeram essa obra que está levando o nome de Manaus para todo o Brasil e o mundo, conquistando o principal prêmio de cinema do País. A cultura local tem espaço de destaque na nossa gestão. Com os editais, estamos democratizando o apoio à cultura para que cada vez mais artistas possam ter acesso aos recursos e mostrem o seu talento, como fez a equipe de ‘O Barco e o Rio’”, ressaltou o prefeito de Manaus, Arthur Neto.

 

A premiação da 48ª edição do festival aconteceu de forma virtual. Foi pela transmissão pela internet que o diretor Bernado Abinader ficou emocionado a cada premiação vencida pelo curta produzido por uma equipe completa de amazonenses. “Fiquei muito feliz por todo mundo, a equipe toda é do Amazonas, o que ressalta que temos muito talentos que precisam ser valorizados. Estávamos ciente da boa repercussão do filme, mas não esperava ganhar os cinco, principalmente o de Melhor Filme”, contou o diretor.

 

Abinader ressaltou, ainda, que o apoio dado pela Prefeitura de Manaus, por meio do Edital Prêmio Manaus e Audiovisual, foi fundamental para a realização do filme. “A gente não teria chegado até o festival sem o edital da prefeitura, por meio da Manauscult. Seria impossível. Esse investimento foi fundamental para que a gente conseguisse produzir e chegar até a premiação, que é uma confirmação que investimento no cinema do Amazonas vale muito a pena, pois tem pessoas que querem ouvir as nossas histórias contadas pelo nosso ponto de vista”, concluiu Bernardo, que também assina o roteiro do curta premiado.

 

Para do diretor de Cultura da Manauscult, Márcio Braz, as premiações destacam o verdadeiro sentido do Edital Prêmio Manaus de Audiovisual, que é de não se tornar um realizador, e sim, um facilitador de conexões culturais. “Nós como Prefeitura de Manaus e Manauscult ficamos muito honrados em trazer esses prêmios para Manaus. Já tivemos outras premiações no passado, com Óscar Ramos, Djalma Limongi, mas foi uma grata satisfação ver um filme resultado do nosso apoio, e de grande qualidade, vencer e se destacar no cenário nacional. Os nossos editais têm essa função de incentivar, apoiar e estimular a produção local, deixando o artista com a livre escolar, tirando o caráter idealizador e levando o caráter facilitador para nossas produções”, contou o diretor de Cultura.

 

“O Barco e o Rio” integrava uma seleção de 14 curtas-metragens de oito Estados e do Distrito Federal, escolhidos entre 428 inscritos. A comissão de seleção foi composta pela crítica de cinema, roteirista e jornalista cultural Lorenna Montenegro, pelo consultor, roteirista e diretor Frederico Pinto, pela diretora e roteirista Juliana Antunes, e pela roteirista, diretora e pesquisadora Rosa Miranda.

 

 

“O Barco e o Rio”

 

 

O filme conta a história das irmãs Vera e Josi, donas de uma embarcação simples, herdada da família, e ambas com personalidades bem diferentes. Vera é religiosa e cuida do barco com esmero, enquanto Josi prefere beber com as amigas e se envolver sem compromisso com homens do porto. As duas imaginam destinos diferentes para o barco e para a vida: uma quer vender a embarcação e a outra enxerga na herança o seu único sustento.

 

No elenco, Isabela Catão e Carolline Nunes interpretam as protagonistas. A ficha técnica também conta com produção executiva de Hamyle Nobre, direção de fotografia de Valentina Ricardo, direção de arte de Francisco Ricardo, trilha musical de Heverson Batista (Batata), trilha sonora original e desenho de som de Lucas Coelho, montagem de César Nogueira e direção de produção de Keila Serruya, entre outros nomes.