Copom decide hoje sobre aumento dos juros básicos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne nesta quarta-feira, 6 de novembro, para definir o próximo aumento na taxa básica de juros, a Selic. Após manter a taxa em 10,5% ao ano por meses, a expectativa é que o colegiado eleve a Selic em 0,5 ponto percentual, chegando a 11,25%. Este aumento visa conter a inflação, que tem sido pressionada pelo câmbio, pela seca e pelo aumento nos preços de alimentos e energia.

Expectativa de alta de juros e o cenário econômico

Com o dólar em alta e o impacto da seca sobre a produção agrícola, o Copom decide em um cenário de incertezas.As previsões indicam que a inflação de 2024 pode ultrapassar a meta do Banco Central, de 3%, com um intervalo de 1,5 ponto. Dados recentes do Boletim Focus indicam que a inflação deve fechar o ano em 4,59%, pressionada pela alta nos preços de alimentos e energia.

A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Ao aumentar os juros, o Copom tenta conter o consumo, encarecendo o crédito e incentivando a poupança. Esse movimento tem impacto direto na economia, pois juros mais altos dificultam a expansão econômica, mas são necessários para estabilizar os preços.

A Selic e seus reflexos na economia

Isso resulta em um desaceleração da economia, que, por sua vez, ajuda a controlar os preços. Porém, essa estratégia também pode reduzir o crescimento do produto interno bruto (PIB) e afetar a geração de empregos.

O Copom já havia sinalizado, na última reunião, que o cenário exige uma política monetária mais restritiva. A previsão é que a taxa de juros continue sua trajetória de alta nos próximos meses, com a possibilidade de chegar a 11,75% ao ano até o final de 2024.

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

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