O Comitê de Crise instalado pelo Ministério da Saúde em Manaus tem tido atuação fundamental para a reorganização do sistema de saúde local, que enfrentou colapso em janeiro, com o recrudescimento dos casos de Covid-19
No comitê, as estratégias são definidas em conjunto, pelos integrantes da pasta, Governo do Amazonas, prefeituras, órgãos de saúde locais, entidades nacionais e internacionais do setor e ministérios que cuidam da logística. Além das medidas estabelecidas para Manaus, que agora sai da fase roxa para a vermelha, o planejamento está também voltado para o interior do estado do Amazonas, onde crescem os casos da doença.
A agilidade na resolução dos problemas é uma das principais vantagens desse formato de atuação, já que o grupo é composto por todos os órgãos envolvidos diretamente no enfrentamento à Covid-19 no Amazonas.
O comitê está instalado no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), em Manaus. No local, já foram realizadas mais de 80 reuniões, que ocorrem diariamente, duas vezes por dia. O resultado dessa atuação integrada tem se mostrado positivo, de acordo com integrantes do Ministério da Saúde.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que se encontra em Manaus, tem acompanhado de perto as ações, estabelecendo as diretrizes para o enfrentamento da crise. É papel do Ministério da Saúde, no comitê, a coordenação dos trabalhos e a atuação como mediador entre os órgãos, para garantir a eficácia das medidas implementadas.
No local, foram discutidas todas as ações executadas no estado para o enfrentamento da crise, dentre elas, as diversas operações realizadas para reorganizar o sistema de abastecimento de oxigênio, com o transporte do insumo até a capital amazonense e a instalação de usinas e miniusinas nos hospitais de Manaus e do interior.
Também no comitê são definidas as ações de transferência de pacientes do interior para a capital e de Manaus e demais municípios amazonenses para outros estados brasileiros. Com a remoção de pacientes e com a oferta de oxigênio equalizada, já foi possível abrir 183 novos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), reduzindo a fila por internações na capital amazonense.
Outros temas sobre os quais as discussões se concentram são as estratégias para avançar na vacinação contra a Covid-19 no Amazonas, além da logística para a compra de insumos e equipamentos médicos e a contratação de profissionais da saúde.
O Comitê de Crise é formado pelo Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde do estado e do município, Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Defesa Civil, Força Nacional da Saúde, Força Aérea Brasileira (FAB), Exército Brasileiro, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), entre outros órgãos.
Texto: Fábio Leite
Foto: Secom