Com direito a alegorias, Caprichoso protagoniza noite de Festival em Live Parintins 2020

Revivendo a vibração na arquibancada do Bumbódromo, a galera azul e branca, nos quatro cantos do mundo, cantou e vibrou de casa com o espetáculo “Terra: Nosso Corpo, Nosso Espírito”, na Live Parintins 2020, na noite deste sábado (27). Com direito a alegorias e aparições surpreendentes, itens individuais e coletivos, evoluíram em duas horas de um mega show, transmitido ao vivo pela TV A Crítica.

O espetáculo reviveu o que seria a segunda noite do Festival, e foi apresentado seguindo todas as recomendações de saúde e segurança dos envolvidos, como uso de máscara e distanciamento entre os brincantes, além de medição de temperatura na entrada da arena, acompanhamento de equipes de saúde a atendimento a outros protocolos recomendados pela equipe de Combate à Covid-19.

O presidente do bumbá, Jender Lobato, se emocionou ao falar do momento atípico vivido em 55 anos do Festival de Parintins e afirmou que o Caprichoso buscou levar uma mensagem de esperança às pessoas. “Imagine que hoje estaríamos todos eufóricos dentro da arena, no Festival, mas mesmo sem Festival, estamos fazendo um belíssimo espetáculo, respeitando as regras sanitárias. Fisicamente a nação não pode estar aqui, presente, mas nós fizemos esse boi pra vocês”, disse, emocionado.

Apresentação

O apresentador do Boi Caprichoso, Edmundo Oran, abriu o espetáculo no meio da arquibancada vazia, acompanhado por seis casais de dançarinos, para anunciar a chegada da banda, Marujada de Guerra e grupos folclóricos na arena. A festa começou quando o levantador de toadas, David Assayag, soltou a voz na toada “Chegada do Meu Boi”. O Boi-Bumbá Caprichoso, com o tripa Alexandre Azevedo, chegou na arena conduzido por uma arara para dançar rodeado pelos brincantes da Vaqueirada.

O Amo do Boi, Prince do Caprichoso, tirou o primeiro verso de saudação ao bumbá, junto com personagens típicos Pai Francisco, Mãe Catirina e Gazumbá. Em um balão de São João, a Sinhazinha da Fazenda, Valentina Cid, surgiu na arena, cortejada por grupos folclóricos. Depois, foi a vez das tribos coreografadas receberem a alegoria com o pajé, Erick Beltrão. A “Dança dos Tuxauas”, com capacetes e coreografias, também marcou a apresentação do Boi Caprichoso.

Ao som da toada “Meu Amor é Caprichoso”, a alegoria de uma onça foi posicionada no centro da arena com a Porta-Estandarte, Marcela Marialva. Em seguida, com a trilha sonora de “O Amor Está no Ar”, um conjunto folclórico evoluiu com o Boi Caprichoso, a Sinhazinha da Fazenda, bailado com lanças de lamparineiros, Bumba-Meu-Boi e Vaqueirada com lanças. Com a execução da toada “Tocaia”, a coreografia tribal, com uso de varas de bambu, impressionou quem assistia à live pela TV.

Em seguida, a Cunhã-Poranga, Marciele Albuquerque, surgiu em uma alegoria de lenda amazônica para evoluir com as tribos do Caprichoso, precedida pela Rainha do Folclore, Cleise Simas, conduzida por uma alegoria de vitória-régia. Logo depois, os itens evoluíram com conjunto folclórico do Boi Caprichoso no centro da arena, ao som da toada “Turbilhão Azul” e “Somos Marujada de Guerra”. As tribos coreografadas, com tochas de fogo nas mãos, protagonizaram o ritual “Waiá-Toré”, com o pajé Erick Beltrão.

Os itens individuais e coletivos do Boi Caprichoso se despediram da nação azulada, com apoteose do espetáculo, sob a trilha de toadas de sucesso como “Parintins em Festa II”, “O Ritmo é de Boi”, “Rio de Alegria”, “Bate que Bate, Bate, Coração Azul e Branco” e “Ninguém Gosta Mais Desse Boi do Que Eu”.

Fotos: Pedro Coelho e Arleison Cruz