COIJ pretende envolver órgãos públicos e supermercados em campanha de arrecadação de alimentos para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social

A meta é arrecadar mais de 250 cestas básicas até o final deste mês.

A Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça do Amazonas (COIJ/TJAM) pretende se reunir com representantes de órgãos do Governo do Estado e do Município, de redes de supermercados e de entidades empresariais para obter apoio à campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis que serão distribuídos a crianças e adolescentes que encontram-se em condição de vulnerabilidade social e que ficam perambulando nas ruas de Manaus, principalmente em semáforos.

De acordo com a desembargadora Joana Meirelles, que está à frente da COIJ, a meta é arrecadar alimentos suficientes para entregar mais de 250 cestas básicas. “Queremos sensibilizar para a situação de carência que essas crianças e adolescentes vivem e que acabam indo parar nas ruas, pedindo esmolas nos semáforos, se expondo ainda mais a todo tipo de violência. Precisam do olhar e da proteção de toda a sociedade. O que nós queremos é proporcionar um pouco mais de alento a essas crianças e jovens e suas famílias, sobretudo neste momento tão difícil e tão ímpar que a pandemia da covid-19 trouxe para a vida de todos”, explicou a magistrada.

O diretor da Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam), desembargador João Simões, já adiantou o apoio da instituição à campanha de arrecadação da COIJ e está montando um posto de arrecadação de alimentos e de kits de higiene pessoal nas instalações da escola, que funciona no 1.º andar do Centro Administrativo Desembargador José de Jesus Ferreira Lopes, atrás do edifício-sede do TJAM, na avenida André Araújo, bairro do Aleixo. Magistrados e servidores do tribunal que quiserem contribuir, podem deixar suas doações na Esmam, no horário de 9h às 13h, de segunda a sexta.

Projeto
A COIJ/TJAM já possui uma parceria com as Aldeias Infantis SOS para doação de alimentos às famílias de crianças e adolescentes venezuelanos refugiados em Manaus. Grande parte desses imigrantes é indígena, da etnia Warao, que se encontra em uma situação ainda mais desafiadora, segundo a coordenadoria, “principalmente por se tratar de uma população nômade, que parte não fala o espanhol e nem o português, dificultando a integração”. Muitos deles, com suas crianças, estavam pedindo esmolas nos sinais de trânsito de Manaus.

“Diante desse contexto, nasceu o Projeto Sinal Verde como forma de enfrentamento dos desafios trazidos pelo fluxo de refugiados e migrantes venezuelanos que o município de Manaus vem acolhendo desde antes da pandemia de covid-19. Dentre outras metas, além de alimentos e de mobilizar a população a não incentivar a esmola, busca-se a inclusão de crianças e adolescentes e suas famílias nos benefícios sociais preconizados nas políticas públicas”, explicou a desembargadora Joana Meirelles. “Esses jovens e crianças precisam ser protagonistas de sua própria história”, acrescentou.

As pessoas que se sentirem sensibilizadas com a situação dessas crianças e adolescentes, podem doar cestas básicas ao projeto Sinal Verde, com sede nas Aldeias Infantis SOS, que funciona na rua Professora Cacilda Pedroso, 600, bairro do Alvorada, zona Centro-Oeste de Manaus. O telefone para contato é o (92) 3342-7520. Ainda conforme a COIJ, o projeto Sinal Verde é pensado a partir das experiências que as Aldeias Infantis SOS obtiveram na execução de abordagens psicossocial em logradores e sinaleiras de Manaus junto com o projeto Super Panas, também de autoria das Aldeias Infantis.