O deputado federal Sidney Leite (PSD-AM) afirmou em discurso na tribuna da Câmara Federal, que o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) terá após 20 anos a sua personalidade jurídica. A novidade surge após a visita do vice-presidente da República e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que se comprometeu assinar ainda essa semana o documento, que também transforma o local em um centro de bioeconomia, com a missão de captação de recursos.
A visita aconteceu no último dia 24/03, e a convite do deputado Sidney, o ministro do MDIC foi até a sede do CBA conhecer o processo e a importância da unidade para o desenvolvimento da região Norte, impactando diretamente na economia do país.
“Finalmente, depois de mais de duas décadas, o centro de pesquisa terá sua personalidade jurídica. Mas desta feita, como um centro de bioeconomia que terá a missão de captação de recursos, inclusive de P&D, que só no passado o faturamento da Suframa foi mais de R$ 2 bilhões de reais em pesquisa. Com isso, nós conseguimos verticalizar a produção de cosméticos e fitoterápicos em toda a Amazônia”, afirma o parlamentar.
Atualmente 80% da pesquisa no Brasil é financiada pelo poder público, por meio de instituições públicas, tendo sua concentração maior na região Sudeste do país. A mudança no CBA traz para a região Norte e para a Amazônia um novo momento que promete ser um divisor de águas, possibilitando a industrialização dos produtos que serão identificados pela pesquisa e prometem salvar vidas e avançar na tecnologia e política industrial brasileira.
Energia e Internet
O parlamentar destacou ainda que a mudança deve trazer sobretudo avanços na renda e na qualidade de vida e desenvolvimento de renda do homem e mulher da floresta que vivem na Amazônia brasileira, uma vez que mais de uma milhão de amazônidas não possuem energia elétrica e nem acesso a internet de qualidade, que é uma ferramenta essencial para a educação.
“Muitas vezes nós amazônidas só ouvimos dizer não tem, não pode e não dá, afinal ainda somos um milhão de amazonenses que não temos sequer acesso à energia elétrica e que na grande maioria das cidades da Amazônia a internet é de péssima qualidade, mesmo a internet móvel utilizada através de um aparelho de celular. Esse Centro de Bioeconomia será sem dúvidas a vanguarda, para que a gente possa desenvolver produtos que vão contribuir de forma significativa para melhoria da qualidade de vida e desenvolvimento da região”, conclui.