Reunião promovida pelo CIeam contou com representantes do Banco Mundial, que falaram sobre cases de sucesso sobre o tema economia verde e parques eco-industriais.
O gestor do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), Fábio Calderaro, representou a instituição e a Suframa no encontro promovido no dia 20 de junho pelo Centro da indústria do Estado do Amazonas (Cieam), na sede da entidade, com membros do Banco Mundial, que estiveram em Manaus e puderam tratar sobre o crescimento da economia verde. Durante o painel “Experiência Internacional sobre Parques Eco-Industriais”, os representantes da comitiva estrangeira abordaram casos verificados em diversos países, com destaque para o desenvolvido na Coreia do Sul, reconhecido como um case de sucesso.
Países como Bangladesh, Índia e Vietnam também foram citados pelo economista-sênior do Banco Mundial, Etienne Kechichian, como exemplos a serem seguidos devidos aos seus parques eco-industriais, mas Manaus foi colocada como uma cidade com todo potencial de se destacar como exemplo de investimentos verdes por meio de melhorias em investimentos relacionados à bioeconomia, cujo potencial de retorno socioeconômico e ambiental para a região amazônica é notório.
“Temos constantemente promovido debates sobre como a bioeconomia na Amazônia é um vetor econômico viável e complementar à matriz vigente na região, atualmente alicerçada no Polo Industrial de Manaus (PIM). A partir desta atividade econômica sustentável será possível gerar melhores condições de desenvolvimento regional para locais além da capital do Amazonas, por exemplo. Permitindo que as comunidades tradicionais, os produtores regionais possam ter melhores possibilidades de desenvolver atividades com base em insumos da biodiversidade, atendendo a demandas de bioindústrias que precisamos trazer para a região, com os estímulos corretos”, afirmou Calderaro.
PIM favoreceu floresta em pé
Durante a agenda, a consultora do Banco Mundial, Cláudia Tufani, comentou sobre a destacada contribuição que o Polo Industrial de Manaus teve para a manutenção da floresta em pé na região, uma vez que propiciou uma alternativa econômica não predatória ao atrair empresas de alta tecnologia para o coração da Amazônia. Segundo a consultora, “o aumento da produtividade urbana demandou menos uso de recursos da floresta”, um dos reflexos da consolidação do PIM.
As tratativas com o Banco Mundial devem favorecer iniciativas voltadas à promoção da competitividade na região. Para tanto, a presença no evento promovido pelo Cieam de representantes do CBA, Suframa, entidades de classe, governo do estado do Amazonas (por meio da Sedecti) e universidades torna-se fundamental para avançar neste processo.
Fonte e Foto: Agência Brasil