A recente onda de casos de abuso infantil em Manaus gerou forte repúdio entre os deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Durante a sessão plenária desta terça-feira (5/11), os parlamentares expressaram indignação e enfatizaram a importância da rede de proteção à infância, destacando os esforços das autoridades locais para punir os responsáveis.
Manifestações de repúdio
O deputado estadual João Luiz (Republicanos) foi o primeiro a abordar o tema, reconhecendo o trabalho da rede de proteção infantil em Manaus. Ele destacou casos recentes que chocaram a população, como o abuso de uma criança de 10 anos e o de um menino autista de quatro anos, ressaltando que as autoridades, como a delegada Juliana Tuma, estão comprometidas com a investigação desses crimes. O parlamentar enfatizou a necessidade de uma atuação firme para prevenir abusos e punir agressores.
Subnotificação e a necessidade de denúncia
Em seu discurso, a deputada Alessandra Campelo (Podemos) também se manifestou sobre os casos. “Este caso do shopping não é o primeiro. Teve também no ano passado o caso que aconteceu na loja Renner. Neste último, a população ficou revoltada e agrediu o homem, que está preso. Ainda bem que a justiça entendeu que ele deve ser afastado da sociedade. No caso Renner, o estuprador já está solto”, explicou.
De acordo com a parlamentar, os casos que envolvem crianças são os que mais têm subnotificação nas delegacias, pois a criança não sabe que está sendo estuprada. “É um crime silencioso em que um adulto precisa ficar sabendo para denunciar, senão vai passar impune”, destacou.
Vozes pela proteção infantil
A deputada Joana Darc (UB) expressou indignação com a fragilidade da legislação atual, que muitas vezes permite a liberdade de agressores em pouco tempo. Como mãe de uma criança com deficiência, ela reforçou a importância de proteger crianças vulneráveis, especialmente as que não podem se defender. A deputada Débora Menezes (PL) complementou, incentivando a atenção de adultos próximos, pois os abusos muitas vezes ocorrem por pessoas de confiança, tornando-se crimes silenciosos que exigem vigilância constante.
Foto: Danilo Mello / Aleam