Cultura

Caprichoso enaltece o dia dos povos originários com a sua Cunha-poranga.

O Boi Caprichoso se solidariza com Marciele Albuquerque. Nesta noite, durante sua apresentação, ela estará amparada pela força da ancestralidade.

Marciele Albuquerque, cunhã-poranga do Boi Caprichoso, é a própria história viva do Festival de Parintins. Sua presença marca um divisor de águas nas apresentações dos bumbás: deixa de ser apenas representação e se torna representatividade.

Neste Dia dos Povos Indígenas, a guerreira das lutas volta a ser alvo de desinformação, declarações de ódio e ataques misóginos e machistas.

O Boi Caprichoso se solidariza com Marciele Albuquerque. Nesta noite, durante sua apresentação, ela estará amparada pela força da ancestralidade, do povo Caprichoso e de todos que respeitam as mulheres e repudiam qualquer forma de violência.

Indígena Munduruku, ativista incansável e ícone cultural do Boi Caprichoso, Marciele carrega uma conexão profunda com suas raízes. Sua voz ultrapassa o palco do Bumbódromo e ecoa como símbolo global na luta pela preservação da floresta e pelos direitos dos povos indígenas.

Marciele foi o primeiro item do festival de Parintins, a empunhar a bandeira do movimento brasileiro Amazônia de Pé. Iniciativa que busca destinar e proteger as 57 milhões de florestas públicas da Amazônia.

Como cunhã-poranga do Boi Caprichoso — símbolo da força e da beleza da mulher indígena — Marciele foi o primeiro item carbono neutro da história do Festival de Parintins, em 2024. Sua trajetória a levou a eventos de relevância internacional, como a Marcha das Mulheres Indígenas, em Brasília, e a Semana do Clima, em Nova York, onde ela eleva a voz dos povos da floresta.

Marciele é, até hoje, o único item do Festival de Parintins que atua em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), integrando uma rede de comunicadores dedicados a combater a desinformação sobre as mudanças climáticas nas redes sociais.

A Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA), em seu manifesto “Das Primeiras Brasileiras”, nos lembra: a mãe do Brasil é indígena.

“Nós, mulheres indígenas, também somos a Terra, pois a Terra se faz em nós. Pela força do canto, nos conectamos por todos os cantos, onde se fazem presentes os encantos, que são nossas ancestrais. A Terra é irmã, é filha, é tia, é mãe, é avó, é útero, é alimento, é a cura do mundo.”

Respeito às mulheres indígenas.

Respeito a Marciele Albuquerque Munduruku.

Fonte/Foto: Assessoria do Boi Caprichoso

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