Campeã em 2018, dupla africana retorna ao topo da São Silvestre

Campeã em 2018, dupla africana retorna ao topo da São Silvestre. Brasil vai ao pódio com dois atletas no masculino e três no feminino.

Campeã em 2018, dupla africana retorna ao topo da São Silvestre.

A 96ª edição da Corrida de São Silvestre consagrou dois novos bicampeões. Nesta sexta-feira (31), o etíope Belay Bezabh e a queniana Sandrafelis Chebet repetiram a dobradinha de 2018 e venceram as disputas da elite masculina e feminina, respectivamente, nas ruas de São Paulo.

Chebet imprimiu um ritmo forte desde o início da corrida e pouco foi ameaçada pela compatriota Yenenesh Dinkesa, que chegou em segundo. A bicampeã cruzou a linha de chegada na Avenida Paulista com tempo de 50 minutos e seis segundos, um minuto e 20 segundos à frente de Dinkesa.

Os outros três lugares do pódio foram ocupados por brasileiras. Jenifer do Nascimento concluiu a prova em terceiro lugar (53 minutos e 32 segundos), melhor desempenho de uma fundista do país desde 2010, seguida por Valdilene dos Santos e Franciane dos Santos.

“Essa prova é muito disputada, sempre com estrangeiras, então fazia um tempo que não tinha brasileira no pódio. Desta vez, subiram três, então fica pra história. É um marco. Estou muito feliz mesmo, porque a gente está aqui para representar bem o país”, celebrou Jenifer, em entrevista coletiva.

Na prova masculina, Daniel Ferreira do Nascimento encarou Bezabh durante boa parte dos 15 quilômetros de percurso, mas sentiu o desgaste no fim. Melhor para o etíope, que finalizou a corrida em 44 minutos e 54 segundos, somente 15 segundos à frente do brasileiro, que repetiu o resultado de 2019 e voltou a ser o melhor atleta do país na São Silvestre. A diferença é que, há dois anos, ele chegou em 11º lugar. Agora, foi vice-campeão. José Márcio Leão da Silva ficou em quinto e também foi ao pódio.

“Fui para o Quênia treinar e buscar evolução. [Em 2021] Fiz minha estreia na maratona, alcancei índice olímpico [para os Jogos de Tóquio, no Japão], voltei ao Quênia, consegui fazer a segunda melhor marca do Brasil em uma maratona [em Valência, na Espanha]. Foi um dos meus melhores anos e acredito que possa evoluir ainda mais. Tenho que ficar no meio dos campeões e pensar nos Jogos Olímpicos [de Paris, na França, em 2024], pois o sonho é chegar lá entre os três melhores do mundo. Sou jovem, vivo um momento bom, então acho que, com sabedoria e disciplina, tudo dá certo”, destacou Daniel, também em coletiva.

Por fim, na disputa entre cadeirantes, as vitórias foram de Leonardo de Melo entre os homens (48 minutos e 41 segundos) e de Josiane Nowicki no feminino (55 minutos e 35 segundos). Josiane, inclusive, ficou em segundo na classificação geral da categoria, superando também os demais corredores do masculino.

O evento reuniu cerca de 20 mil corredores, entre amadores e profissionais. Devido à pandemia da covid-19, que suspendeu a realização em 2020, a prova foi disputada obedecendo a protocolos sanitários, com obrigatoriedade do uso de máscara na concentração, na largada e na chegada e recomendação de que a mesma fosse mantida no rosto durante a corrida, se possível. Os atletas tiveram que apresentar o comprovante de vacinação contra o coronavírus para competir na São Silvestre.