A campanha de vacinação contra a Covid-19, que a Prefeitura de Manaus realiza desde o dia 19 de janeiro, completou seis meses nesta segunda-feira, 19/7. Nesse período, foram aplicadas 1.389.322 doses, entre primeira e segunda, no caso da CoronaVac, da AstraZeneca e da Pfizer, e única, como é a da farmacêutica Janssen. O trabalho envolve mais de dois mil servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), além de funcionários de órgãos municipais e das Forças Armadas, entre outros parceiros.
Na capital amazonense, a campanha segue em ritmo acelerado e, diferentemente de outras cidades, já conseguiu fechar todos os grupos prioritários elencados pelo Ministério da Saúde no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e praticamente, concluir todas as faixas etárias, faltando apenas a de 18 anos.
“Desde o início deixei clara a minha posição quanto à vacinação, de que ela seria a mais rápida possível. E assim vem acontecendo. À medida que as doses chegam, avançamos nos grupos e nas idades. Em pouco tempo todo o público vacinável terá recebido a primeira dose do imunizante”, destacou o prefeito David Almeida.
Segundo o gestor, esse desempenho é resultado, além da capacidade técnica, da dedicação e competência de todos os envolvidos na campanha.
“Aproveito para fazer um agradecimento público a essas pessoas que têm trabalhado incansavelmente para assegurar a proteção a nossa população, e também a todos os parceiros que têm nos apoiado de diferentes formas nessa batalha contra o novo coronavírus”, salientou.
A secretária Shádia Fraxe, da Semsa, lembrou que ainda em janeiro foram muitos os problemas enfrentados para que a campanha pudesse ser iniciada.
“Tínhamos muitos servidores afastados, por terem contraído a doença. Perdemos muitos deles para esse mal. Essa campanha é, de longe, a maior e mais complexa campanha de vacinação que Manaus e o mundo já viveram. Todos os dias enfrentamos o desafio de manter as equipes, de estimular esses servidores que atuam nos postos, planejar, organizar toda a estrutura disponibilizada para vacinar a população”.
A secretária destacou que o trabalho não se limita ao atendimento nos pontos de vacinação. Segundo ela, a atividade de bastidores, para a preparação das doses a serem distribuídas nos postos, começa bem cedo, por volta das 5h30, e só encerra após o planejamento do dia seguinte, e das próximas etapas, estarem concluídos.
“Temos pessoal que, muitas vezes, entra pela noite e madrugada para que tudo transcorra de forma organizada, segura, de forma responsável para que alcancemos a maior cobertura”, contou.
Além das dificuldades diárias, Shádia Fraxe apontou outros obstáculos que a gestão precisa enfrentar, causados, muitas vezes, pela desinformação, o que acaba levando muitos a quererem escolher qual vacina vão tomar e outros a se posicionarem contrárias às vacinas.
“Não bastassem esses problemas, ainda temos que combater as fake news e fazer um trabalho de convencimento de que a vacina é a melhor forma para sairmos da pandemia, além, é claro das medidas de segurança como o uso de máscara, higienização das mãos com álcool em gel e distanciamento”, apontou.
Resultados
A chefe da Divisão de Imunização da Semsa, enfermeira Isabel Hernandes, avaliou a campanha como positiva, mesmo com as dificuldades enfrentadas para a sua operacionalização.
“Essa é uma das campanhas mais desafiadoras para nós, porque é totalmente atípica. Como não temos disponibilidade imediata de imunobiológicos, nosso planejamento acaba sendo feito muito em cima da hora. Mas ainda assim, tem sido uma campanha gratificante pelo resultado que temos visto, de redução de casos, principalmente de óbitos. Isso significa que esse sacrifício que nosso pessoal vem fazendo, trabalhando de 13 a 14 horas por dia, está sendo compensado pelas vidas salvas”, comentou.