Após o nó de marinheiro atado pelo atual presidente David Reis (Avante) em torno de sua sucessão na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o nome do vereador Caio André (PSC) surgiu como solução para desatar o tal nó. E a solução partiu justamente do grupo que se opôs ferrenhamente à manobra planejada por David Reis para conseguir se reeleger. Os insurgentes acabaram ganhando força dentro do parlamento municipal e conseguirão eleger seu candidato à presidência da Casa. Caio André já tem votos suficientes para ser eleito.
DECLARAÇÕES DE APOIO
Este domingo (27) foi marcado por uma verdadeira enxurrada de declarações de apoio à candidatura de Caio André. E a onda de apoio continuou nesta segunda-feira (28), garantindo ao vereador o número suficiente de votos para se eleger presidente da CMM. Nos bastidores, comenta-se que vêm mais declarações de apoio por aí. Ou seja, Caio André deve se eleger com folga no próximo dia 5 de dezembro.
RETIRADA DE CANDIDATURA
A articulação em torno do nome de Caio André foi tão forte que dois vereadores retiraram suas candidaturas para declarar apoio à dele: Jaildo Oliveira (PCdoB) e Rodrigo Guedes (Republicanos). Com as desistências, até o momento, Caio André terá apenas um adversário nas eleições: o vereador Sassá da Construção (PT), que já havia anunciado sua candidatura e até agora não a retirou.
LISTEL
Os vereadores que já declaram apoio a Caio André são Marcelo Serafim (Avante), Yomara Lins (PRTB), Peixoto (Pros), Capitão Carpê Andrade (Republicanos), Marcio Tavares (Republicanos), João Carlos (Republicanos), Daniel Vasconcelos (PSC), Allan Campelo (PSC), Thaysa Lippy (PP), William Alemão (Cidadania), Amom Mandel (Cidadania), Bessa (Solidariedade), Ivo Neto (Patriota), Diego Afonso (UB), Everton Assis (UB), Raiff Matos (DC), Professora Jacqueline (UB), Jaildo Oliveira (PCdoB), Lissandro Breval (Avante) Rodrigo Guedes (Republicanos).
INSURGENTES
Os vereadores que articularam o nome de Caio André como solução para o impasse que havia sido criado na CMM fazem (ou faziam?) parte da base aliada do prefeito David Almeida (Avante). Se insurgiram contra o projeto de mudar as regras para permitir a reeleição de David Reis. O prefeito havia declarado que anunciaria seu candidato à presidência da CMM nesta segunda-feira (28). Os insurgentes, portanto, se anteciparam e lançaram seu candidato antes do prefeito lançar o dele.
‘É DA BASE’
Com a jogada de lançar o nome um dia antes do prefeito anunciar seu candidato, os vereadores “insurgentes” deixaram David Almeida sem opção. É muito provável que acabe declarando apoio à candidatura de Caio André. Já declarou nesta segunda-feira (28) que Caio André é de sua base e se articulou bem entre os colegas.
INDEPENDÊNCIA
É verdade que Caio André é da base de David Almeida na CMM. Ele é, mais especificamente, do grupo político do governador Wilson Lima, que se fundiu com o grupo liderado pelo prefeito. Acontece que David Almeida precisa se reconectar à sua rachada base na CMM, que parece estar tomando gosto por ser independente. Há uma disputa de forças em curso e o prefeito precisa ficar atento e aproveitar o processo para se fortalecer. De outra forma, o caminho natural é um enfraquecimento junto ao parlamento municipal.
INDEPENDÊNCIA 2
O vereador e deputado federal eleito Amom Mandel, por exemplo, condicionou seu apoio à candidatura de Caio André à promessa de luta pela independência da CMM frente ao executivo municipal. Em suas próprias palavras: “não deixar a Câmara Municipal de Manaus permanecer subserviente ao executivo municipal”.
NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS
Nesta terça e quarta-feira, dias 29 e 30 de novembro, acontece em Manaus, no Studio 5 Centro de Convenções, o 2º Festival de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis da Amazônia (FIINSA). O evento tem o objetivo de reunir empreendedores, investidores, dinamizadores do ecossistema de negócios como aceleradoras e incubadoras, fundos de investimento, agências de fomento, ONGs, associações, cooperativas e lideranças indígenas para debater caminhos, oportunidades e desafios para o crescimento do ecossistema de impacto amazônico, a bioeconomia e o futuro da floresta.