No grande expediente desta terça-feira (03/5), o vereador Caio André (PSC), usou a tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), para convocar todos os órgãos ligados a classe industrial, a população e os políticos do Estado para que se unam na preservar a Zona Franca de Manaus (ZFM), diante dos ataques que o modelo econômico vem sofrendo do Governo Federal. O vereador destacou que o movimento não é a favor e nem contra o presidente, mas pela sobrevivência dos amazônidas.
“O assunto que me traz esse grande expediente é, mais uma vez, para tratar do assunto ZFM. Nós precisamos conclamar a toda a população amazonense, a todos os órgãos, o Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), a Ordem dos Advogados do Brasil do estado (OAB-AM), todos os órgãos de representatividade da classe para nos unirmos em um único sentimento, que é o de preservação deste modelo econômico”, convocou.
No discurso, o vereador Caio André falou ainda que votou no presidente Bolsonaro e que apoia algumas ideias, porém, não poderia ficar parado diante dos movimentos que o Governo Federal tem feito em relação ao Estado do Amazonas, pois está prejudicando não só a economia local. Para o vereador, de fato deve se pensar em outro modelo econômico para a região, porém, isso necessita de tempo.
“Votei no presidente, mas esses ataques estão prejudicando não só a nossa economia, mas principalmente o futuro do Amazonas, porque, fala-se em novos modais econômicos há muito tempo, porém, isso se faz a médio longo prazo e temos capacidade para explorar o turismo ecológico, principalmente da pesca esportiva, a mineração com a exploração do nióbio, do potássio e tantas outras riquezas que possuímos”, explicou.
Um dos pontos abordados pelo vereador é quanto a migração das empresas do polo de concentrados da ZFM que, com a diminuição do IPI, devem sair do país, prejudicando, assim, os municípios do interior do Amazonas que atuam diretamente no setor.
“Com esses ataques a ZFM, nós já estamos vendo o polo de concentrados migrar, não é para o sul do país, repito, é para fora do Brasil, prejudicando hoje a produção de cana-de-açúcar em Presidente Figueiredo, do guaraná em Maués, produções essas que empregam quase um terço da população de cada uma dessas cidades. Como vamos manter o interior produzindo se a Ambev e a Coca-Cola poderão sair do Amazonas?”, questionou.
O vereador finalizou chamando atenção para a importância do assunto e convocou todos os amazonenses e entidades do setor para lutar pela preservação do modelo econômico.
“Nós precisamos, urgentemente, informar a população de Manaus que isto não é uma luta de pró-Bolsonaro ou pró Lula, mas sim a luta pela sobrevivência dos amazônidas, do povo amazonense. Eu conclamo aqui toda a classe produtiva do estado do Amazonas, FIEAM, Corecon-AM, OAB da qual faço parte, para que nós, juntos, enquanto sociedade, nos levantemos para preservarmos este que é o nosso principal modal econômico”, concluiu.