Previdência: Temer convoca ministros, líderes e presidentes de partidos para definir estratégias

O presidente Michel Temer convocou para o próximo domingo (3) uma reunião com ministros políticos, líderes da base e presidentes de partidos aliados para definir as estratégias para aprovar a reforma da Previdência Social.

O encontro será no Palácio da Alvorada e acontece na reta final dos trabalhos do Legislativo neste ano, o que torna muito curto o tempo do governo para convencer os aliados.

Segundo relatos ao Blog e ao repórter Nilson Klava, da GloboNews, o governo fará um esforço concentrado para tentar atingir os 308 votos necessários para aprovar a reforma.

Temer, depois de ensaiar jogar a toalha, decidiu insistir na votação da reforma, mesmo que seja concluída somente em 2018. O presidente considera a proposta o coroamento da tentativa de fazer um governo reformista.

Líderes aliados disseram que, hoje, o Palácio do Planalto não tem mais do que 250 votos.

No encontro de domingo, o objetivo será cobrar de cada partido aliado que a maioria das bancadas vote a favor da reforma.

Isso, na visão do Planalto, garantiria a aprovação da medida. A situação atual, porém, mostra que alguns partidos governistas estão com mais votos contra do que a favor da reforma.

A intenção do governo era tentar votar o primeiro turno na Câmara dos Deputados entre os dias 5 e 6 de dezembro, mas esse calendário é considerado muito apertado diante da realidade atual da contagem de votos.

Por isso a equipe presidencial já trabalha com a possibilidade de a votação em primeiro turno ficar para 13 de dezembro e o segundo, para o dia 20.

Na avaliação de governistas, o governo corre o risco de não conseguir votar a reforma da Previdência ainda neste ano.

Segundo líderes, o ideal era aguardar uma maior aprovação da população em relação à proposta para só então fazer a votação na Câmara.

A pressão viria de fora para dentro, da população para o Legislativo. Uma cobrança apenas do Planalto, segundo aliados, pode não ser suficiente para convencer deputados reticentes a aprovar a medida.

Fonte: G1