De janeiro a setembro de 2024, o Brasil viu 22,38 milhões de hectares queimados por incêndios, segundo o MapBiomas. Esse número, equivalente ao tamanho de Roraima, representa um aumento de 150% em relação ao mesmo período de 2023. Apenas em setembro, 10,65 milhões de hectares foram atingidos, evidenciando o impacto das queimadas no território nacional, com destaque para os biomas da Amazônia e do Cerrado.
Amazônia e Cerrado: Biomas mais afetados
A Amazônia foi o bioma mais prejudicado pelo fogo, com 11,3 milhões de hectares queimados nos primeiros nove meses do ano. A situação se agravou em setembro, com a queima de 5,5 milhões de hectares. Segundo Ane Alencar, diretora de ciências do Ipam, o clima seco e as mudanças climáticas contribuíram para o aumento dos incêndios.
Pantanal e Outros Biomas
No Pantanal, os incêndios aumentaram significativamente, com 1,5 milhão de hectares queimados em 2024, um crescimento de 2.306% em relação aos últimos cinco anos. O bioma registrou 318 mil hectares queimados apenas em setembro. A Mata Atlântica, por sua vez, registrou 896 mil hectares afetados, sendo a maior parte em áreas de agropecuária. Em contrapartida, biomas como Caatinga e Pampas tiveram menor incidência de fogo neste ano.
De acordo com o Monitor do Fogo, Mato Grosso, Pará e Tocantins lideraram entre os estados mais impactados, com mais de 12,7 milhões de hectares somados. São Félix do Xingu, no Pará, foi o município que mais sofreu com as queimadas, seguido por Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Especialistas apontam que o avanço das queimadas traz sérios riscos à biodiversidade e à qualidade do ar.
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Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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