Bons hábitos alimentares podem adiar o aparecimento do Alzheimer

Celebrado na nesta quarta-feira, 21/09, em vários países, o Dia Mundial do Alzheimer marca as ações de conscientização e combate ao estigma da desinformação sobre a doença. Atualmente, estima-se que em todo o mundo 50 milhões de pessoas convivam com este mal, mas dados apontam que em 2030, a doença cresça, chegando a 74,7 milhões de pessoas no mundo.

O Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa, ou seja, que ataca o sistema nervoso impossibilitando as células dos neurônios de se regenerarem ou se multiplicarem. De causas desconhecidas, a doença é progressiva e não tem cura. Ela afeta na maioria das vezes pessoas com idade acima de 65 anos, entretanto havendo predisposição genética para o surgimento, pode desenvolver-se por volta dos 50 anos.

A doença leva a pessoa a falhas de memória e esquecimentos constantes até a incapacidade de realizar qualquer atividade, como comer, tomar banho e cuidar da higiene.

Segundo a nutricionista do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Adila Almeida, o cérebro faz parte das atividades vitais necessárias para sobrevivência, estando encarregado de receber e interpretar inúmeras mensagens enviadas pelo organismo de forma geral. “Vitaminas e minerais são micronutrientes essenciais para diversas reações metabólicas, e seu consumo insuficiente ou exagerado pode acarretar em sérios problemas de memória e cognição”, explicou a nutricionista.

Além disso, o cérebro precisa de combustível energético para funcionar adequadamente. Sua principal fonte de energia é a glicose. Sendo assim, uma dieta equilibrada, com fontes de carboidratos mais saudáveis, é importantíssima para a saúde cerebral.

Adila ainda esclarece que o cérebro não armazena nutrientes, e, dessa forma, uma alimentação equilibrada e variada, fornece energia, vitaminas e minerais que o nutrem, protegendo de radicais livres e do estresse oxidativo, que podem trazer prejuízos à vitalidade cerebral. “Estudos afirmam que, o ferro, por exemplo, presente na hemoglobina do sangue, é fundamental para o transporte de oxigênio para as células, e sua deficiência compromete a memorização”, apontou.

O zinco, tem funções determinantes no desenvolvimento do cérebro, incluindo a formação de sinapses (comunicação entre os neurônios). Sua deficiência pode causar diminuição do desempenho motor, prejuízo da memória e capacidade mental, entre outros.

O cérebro sente fome

A recomendação é manter uma rotina com alimentos naturais com frutas, legumes, hortaliças e vegetais, que são fontes de energia, vitaminas e minerais, além de, evitar alimentos açucarados e industrializados já garantem saúde cerebral, de forma que conseguem melhorar a saúde intestinal, e assim, absorver o máximo de nutrientes essenciais. Afinal, a ligação intestino-cérebro é alvo de muitos estudos científicos.

Faz-se necessário também, incluir no dia-a-dia, fontes de Ômega 3, presente nos peixes, como salmão e sardinha; proteínas oriundas de pescados, leite, grão-de-bico; vitaminas do complexo B, A , C e E, presentes em folhosos verde-escuro, ovos, frutas alaranjadas, frutas cítricas, castanhas, óleos vegetais, por exemplo. Alimentos com probióticos, como os iogurtes naturais também são indicados.

Alimentos que fazem mal

Evitar gorduras hidrogenadas trans, açúcares, adoçantes artificiais, refrigerantes carboidratos refinados (biscoitos, bolos, salgadinhos), por exemplo, preservam a saúde do cérebro. Esses alimentos aceleram o envelhecimento, inflamam e oxidam os neurônios.

A saúde cerebral dos idosos

Com a idade, uma rotina mais saudável é ainda mais importante! Fontes de vitaminas e minerais são essenciais para garantir saúde cerebral mediante o processo de envelhecimento.

As fontes de Ômega 3 nessa fase são cruciais para colaborar na memória. Além disso, manter a saúde intestinal com o consumo de fibras, oriundas de frutas e legumes, auxiliam na absorção de nutrientes essenciais.

“É importante também a avaliação profissional individualizada, quanto a necessidade de suplementação de algumas vitaminas e minerais, ômega 3 e inserção de probióticos formulados na rotina e planejamento alimentar”, recomendou Adila Almeida.