Mirando na decisão definitiva sobre os efeitos da redução do IPI para a Zona Franca de Manaus (ZFM), a bancada do Amazonas no Congresso Nacional decidiu que a melhor estratégia é se aproximar mais dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Afinal a tática de se encontrar para conversar e expor as minúcias do problema funcionou muito bem com o ministro Alexandre de Moraes, resultando em decisão liminar que sustou os efeitos dos decretos presidenciais para os produtos fabricados na ZFM.
SEM BAIXAR A GUARDA
A estratégia de aproximação com os juízes da Corte Suprema foi discutida em reunião realizada na tarde desta terça-feira (10), quando os parlamentares ponderaram que a decisão de Alexandre de Moraes não é definitiva e ainda precisa ser referendada pelo colegiado de ministros do STF. Daí a necessidade de que os demais ministros sejam expostos aos mesmos argumentos pertinentes que levaram Moraes a decidir pela proteção da ZFM. Líder da bancada, o senador Omar Aziz (PSD) declarou que não é hora, portanto, de baixar a guarda.
MARCELO AGE EM OUTRA FRENTE
Presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD) não esteve presente à reunião da bancada, mas também não baixou a guarda. Ramos está convocando para esta quarta-feira (11), uma grande mobilização no Congresso Nacional em defesa da Zona Franca de Manaus. O parlamentar espera reunir, às 10h, lideranças empresarias, políticas, representantes dos trabalhadores e entidades como a OAB, presidida pelo amazonense Beto Simonetti, além de representantes da UEA, na sala do Colégio de Líderes da Câmara.
RECADO PARA BOLSONARO
Com o ato, além de mostrar que nunca se afastou da bancada na luta pela proteção do modelo econômico amazonense, Marcelo Ramos também manifesta ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu séquito no Congresso Nacional que não está intimidado com as manobras que tentam tirá-lo da vice-presidência da Câmara.
PAULO GUEDES MENTIROSO
Em pronunciamento na tribuna do Senado, o senador Plínio Valério (PSDB) afirmou que o ministro Paulo Guedes “passa para a qualidade de mentiroso”. Plínio explicou que o ministro Alexandre de Moraes apenas garantiu o direito constitucional de tratamento diferenciado e excepcional que a Zona Franca tem. E, falando aos brasileiros em geral, afirmou que em nenhum momento o Amazonas tentou acabar com a redução do IPI, apenas reivindicou a exclusão, prevista na Constituição, dos produtos produzidos na ZFM. Plínio disse ainda que Guedes tenta jogar o Amazonas contra o Brasil com a narrativa mentirosa que constrói.
OS MESMOS FALTOSOS
Plínio, aliás, esteve presente na reunião que a bancada realizou nesta tarde, bem como seus colegas senadores Omar Aziz e Eduardo Braga (MDB). A bancada do AM no Senado, aliás, tem estado coesa na defesa da ZFM. O mesmo não acontece com a bancada da Câmara dos Deputados. Além da ausência de Marcelo Ramos, justificada no fato de estar presidindo a Casa Parlamentar, os mesmos quatro faltosos de sempre não compareceram à reunião: Delegado Pablo (UB), Capitão Alberto (PL), Átila Lins (PSD) e Silas Câmara (Republicanos) não têm participado de nenhum evento de apoio à ZFM convocado pela bancada do Amazonas.
EM FAVOR DA CAUSA LGBTQIA+
Uma ação interna chamada “Gincana Solidária”, realizada entre os colaboradores da fábrica da P&G, do Polo Industrial de Manaus (PIM), arrecadou quatro mil itens, entre produtos de higiene pessoal e de limpeza. O resultado da arrecadação foi doado à Casa Miga Acolhimento LGBT+. A gincana segue os preceitos da política inclusiva defendida pela P&G.
ANISTIA A PREJUDICADOS PELA CHEIA
O deputado Adjuto Afonso (UB) apresentou, nesta terça- feira (10), durante sessão plenária na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), uma proposta para que seja encaminhada Indicação ao Governo do Estado, solicitando a Concessão de Anistia Total ou Parcial das dívidas de Custeio e Investimento aos Empreendedores dos municípios, que decretaram Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública em razão da enchente dos rios.
ANISTIA A PREJUDICADOS PELA CHEIA 2
Adjuto baseia sua a proposta na impossibilidade dos empreendedores pagarem seus financiamentos concedidos através da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam). De acordo com o parlamentar, as medidas governamentais são de extrema importância para o Estado, visto que o crédito é fator de crescimento econômico e social, e os pequenos negócios compõem um dos segmentos mais importantes da economia.
