O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) realizou, na primeira semana de setembro, uma agenda conjunta com o Campus Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cimatec), na Bahia, para buscar maior integração e sinergia, junto ao Centro, para educação, tecnologia e inovação.
No dia 2 de setembro, primeiro dia do encontro, o gestor do CBA, Fábio Calderaro, e o pesquisador do centro, Edson Pablo, conheceram a estrutura do Senai Cimatec, a qual abriga um complexo que integra um polo tecnológico, um polo universitário e uma escola técnica. A apresentação do local e das atividades realizadas pelo Ccimatec foi conduzida pela diretoria, gerência executiva, gerência de área e pesquisadores.
Na ocasião, todo o escopo de atuação do Cimatec foi explicado aos representantes do CBA, desde as atividades educacionais realizadas pelo Campus dentro da estrutura do Senai até os trabalhos realizados nos diversos laboratórios do local, cujas áreas vão desde saúde até biotecnologia, aeronáutica, informática de alta complexidade e mecânica, dentre outras.
Os processos e análises voltados à biotecnologia dentro do Campus, que muito se assemelham aos realizados pelo CBA, culminaram inicialmente em uma troca de experiências entre as equipes do Centro e do Cimatec, além de serem estudadas possibilidades de buscarem resultados em meio a uma atuação sinérgica diante da atividade em comum. Mas, mais do que isso, permitiu que as equipes de ambas instituições verificassem que muitos processos podem se correlacionar e contribuir para o avanço das atividades tanto do CBA quanto do Cimatec.
O gestor do Centro de Biotecnologia da Amazônia comentou que ver de perto tudo que o Cimatec faz permite vislumbrar diversas outras formas de se realizar um trabalho integrado. “Sabemos que o Cimatec é um centro de excelência reconhecido no Brasil e internacionalmente, e vermos todo processo de pesquisa, desenvolvimento e inovação em diversas áreas tecnológicas nos faz entender como podemos buscar trabalhar em conjunto e, mesmo, almejar que o CBA possa alcançar tamanha maturidade de atuação”, disse Calderaro.
O diretor de operações do Senai Cimatec, Luis Alberto Breda Mascarenhas, destacou conhecer toda potencialidade do CBA, bem como afirmou entender que o seu pleno desenvolvimento, enquanto instituição, muito pode contribuir para avanços na região onde está instalado, em especial no apoio à promoção da bioeconomia amazônica, visto por ele como um diferencial do País em nível internacional. “Estamos certos de que o CBA tem potencial de se desenvolver e se estabelecer como um centro de referência, para que possa trabalhar a marca Amazônia e gerar consigo oportunidades em diversos níveis”, declarou Breda.
Modelos de negócio
Para colaborar para o avanço do CBA, Leone Andrade, diretor de tecnologia e inovação do Cimatec, falou em sua apresentação sobre os modelos de negócio propostos a diversos institutos de tecnologia por todo o mundo, pontuando alguns parâmetros que podem servir como norte para o Centro de Biotecnologia da Amazônia aperfeiçoar o processo de obtenção de sua identidade jurídica, que hoje está em trâmite e envolve, dentre outros entes, a Suframa – Autarquia a qual o CBA está vinculado -, e ministérios como o da Economia e o de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Cimatec
Com uma estrutura de quatro prédios com mais de 35 mil m² de área construída e 42 áreas de competência, o Senai Cimatec conta com um corpo funcional de mais de 800 funcionários apenas em sua unidade localizada no bairro de Piatã, na Bahia. Entre os laboratórios do local, podem ser vistas atividades que envolvem, além da biotecnologia, fábricas modelo 4.0, robótica autônoma, mecânica de precisão, supercomputação, microeletrônica e eletrônica embarcada, sistemas avançados de saúde e estruturas aeronáuticas. A essa organização acrescenta-se o Cimatec Park, localizado em Camaçari (BA), o qual trata-se de um grande complexo tecnológico e industrial com mais de quatro milhões de metros quadrados composto por laboratórios avançados, grandes usinas piloto, áreas de segurança para testes e operações de risco e até uma pista de teste do setor automotivo.