Pacote da Amazônia, sem BR-319, quer hidrelétrica de olho no alumínio

Em meio a contínua crise envolvendo a Venezuela, o pacote de obras que o governo prepara para a região da Calha Norte do rio Amazonas, no Pará, está sob a batuta de mais um general e contempla, entre outras obras, a construção de uma hidrelétrica que ampliará o fornecimento de energia à grande Manaus e Boa Vista, em Roraima, único estado não integrado ao sistema nacional de energia.

É ideia também que a hidrelétrica no rio Trombetas aumente a oferta de energia para viabilizar a exploração das reservas de alumínio.

Nomeado Barão do Rio Branco, o projeto prevê hidrelétrica no rio Trombetas, que deságua no Amazonas, para geração de 3.000 megawatts de energia.

A hidrelétrica seria parte dos esforços para a integração de Boa Vista à rede nacional de energia elétrica por meio da construção do linhão de transmissão Manaus-Boa Vista.

A obra também pretende ajudar a alimentar a rede de fornecimento de energia nos estados de Amazonas, Pará e Amapá, evitando os constantes apagões na região.

O governo federal trabalha com dados que apontam que há 24 milhões de habitantes na Amazônia Legal, o que representa 12,3% do total da população brasileira, sendo que 10 milhões vivem abaixo da linha de pobreza.

O mesmo projeto prevê o barateamento do frete para o agronegócio com a construção de uma ponte sobre o rio Amazonas no estreito de Óbidos, também no Pará.

A ponte que passará pela cidade de Óbidos terá extensão de 1,5 quilômetro; já o terceiro projeto que faz parte do pacote é o prolongamento da BR-163 (Santarém/PA-Tenente Portela/RS) até a fronteira com o Suriname.

Fonte: Valor Econômico