Amazonas já tem 26 usinas geradoras de oxigênio instaladas

Meta é instalar 73 equipamentos em 31 municípios do Amazonas, com o objetivo de reduzir a dependência externa do produto

Manaus – A rede hospitalar do Amazonas já tem 26 novas usinas e miniusinas geradoras de oxigênio hospitalar instaladas, graças a uma ação integrada entre Ministério da Saúde, governo estadual e prefeituras do estado. A meta é instalar 73 equipamentos em 31 municípios do Amazonas, com o objetivo de reduzir a dependência externa do produto.

Além das usinas em operação, há duas em instalação, 16 em trâmite de transporte ao estado e mais 29 em processo de aquisição. As 26 já instaladas geram, atualmente, 13.920 metros cúbicos de oxigênio por dia. Quando o total delas estiver operando, a estimativa é de que sejam produzidos 34.752 metros cúbicos do insumo por dia.

Das 26 usinas instaladas até o momento, 14 estão em Manaus, sendo duas na rede privada de saúde. As outras 12 estão nos municípios de Itacoatiara (3), Parintins (2), Maués (2), Manacapuru (1), Tabatinga (1), Tefé (1), Coari (1) e Humaitá (1). Na última quinta-feira (11/02) começaram a operar as usinas do município de Tefé e do principal Hospital e Pronto-Socorro do estado, o 28 de Agosto, localizado em Manaus. Esta última já é a maior da região Norte, e tem capacidade de produção de 100 metros cúbicos de oxigênio por hora, cerca de 2,4 mil metros cúbicos por dia.

As usinas e miniusinas estão sendo adquiridas pelo Ministério da Saúde, governo do Amazonas, prefeituras, pela empresa White Martins e rede privada de saúde de Manaus. Também há equipamentos provenientes de doações da União BR, Sírio Libanês/Fundação Itaú, SOS Amazonas, Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Hospital do Amor da Amazônia de Porto Velho/RO e Instituto Tchibum.

O Ministério da Saúde também vem coordenando, por meio do comitê de crise instalado pelo ministro Eduardo Pazuello em Manaus, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), a logística de transporte de oxigênio para abastecer o Amazonas. As operações são realizadas pelos três modais –fluvial, rodoviário e aéreo, com apoio da Força Aérea Brasileira.

Hoje, a situação de oxigênio na rede hospitalar de Manaus está praticamente equalizada o que tem permitido a abertura de novos leitos clínicos e de UTI. Na quinta-feira (11/02), uma carga de 60 mil metros cúbicos de oxigênio chegou do Maranhão, pela empresa Air Liquide Brasil.

Texto: Fábio Leite, especial para o Ministério da Saúde
Fotos: Caio de Biasi/Especial Ministério da Saúde