O Amazonas foi palco da primeira audiência pública em todo o País, promovida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), para discutir a formação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Após essa primeira discussão, Recife, Florianópolis, São Paulo e Brasília sediarão os trabalhos até setembro deste ano. A audiência, que foi transmitida ao vivo pelo site do canal Futura e pela conta do Ministério da Educação (MEC) em um site de compartilhamento de vídeos, aconteceu no auditório do prédio da reitoria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), na Avenida Djalma Batista, zona Centro-Sul de Manaus, durante esta sexta-feira, 7/7.
As audiências são essenciais para que os membros do Conselho Nacional de Educação (CNE) possam elaborar um documento normativo que reflita necessidades, interesses, diversidade e pluralidade do panorama educacional brasileiro e os desafios a serem enfrentados para a construção de uma educação de qualidade como direito de todos.
O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Eduardo Deschamps, o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, a secretária municipal de Educação, Kátia Schweickardt, e o secretário de Estado de Educação e Qualidade de Ensino do Amazonas, Arone Bentes, estavam entre os participantes da audiência pública.
De acordo com a secretária da Semed, Kátia Schweickardt, a base é importante para formatar e redefinir objetivos de aprendizagem na Educação Básica. Ela ressaltou, também, que o país ainda possui uma dívida em relação à formação da população brasileira e que as audiências para formatação do BNCC auxiliarão em melhorias educacionais.
“A base nacional, apesar de estabelecer alguns pressupostos mínimos, está sinalizando para as diversidades das regiões, riquezas das localidades e vai propiciar que nós tenhamos condições de trabalharmos também em cima daquilo que nós verdadeiramente somos”, completou.
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Eduardo Deschamps, a audiência é uma forma de acolher as contribuições, opiniões e sugestões das mudanças na Região Norte, assim como ocorrerá nas demais regiões do país.
“É um trabalho importante. A partir dele, vamos ter mudanças dos currículos, da forma como vão ser trabalhadas as disciplinas, as matérias, os conteúdos juntos aos estudantes nas escolas, vão ter alteração na formação dos professores, no material didático, no processo de avaliação que temos hoje da educação básica”, disse.
O secretário da Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, ressaltou a importância de realizar essa primeira audiência na Região Norte e, principalmente, de discutir com todos da sociedade as oportunidades de mudanças na melhoria do processo educacional do País.
“A expectativa também de saber a posição de movimentos sociais, quem está mais a favor e contra, onde há indicativos de melhoria. É o início de uma terceira etapa de debates. É importante demais para o Brasil, muito bom para o Norte do Brasil, para o Amazonas receber essa primeira audiência nessa fase de discussão”, salientou.
O diretor Rodrigo Froés, da Escola Municipal Antônio Matias Fernandes, localizada no bairro da União, zona Centro-Sul, foi um dos participantes da audiência pública. Para o educador, é fundamental ter a chance de acompanhar de perto tudo o que foi discutido e analisado para a melhoria da educação na Amazônia, que tem sua particularidade.
“Primeiro entender a base como um ganho, pensar a base como uma forma de padronizar e aumentar a equidade e igualdade entre as regiões brasileiras. Iniciar na Região Norte, no Estado do Amazonas, que tem uma diversidade muito grande, é permitir e proporcionar ao Brasil conhecer o quão rica é a diversidade amazônica”, destacou.
Fonte: Prefeitura de Manaus