A eleição presidencial no Afeganistão, marcada inicialmente para 20 de abril, foi adiada para 20 de julho, informou neste domingo (30) o chefe da comissão eleitoral independente desse país em conflito.
As eleições provinciais e locais, assim como as eleições legislativas na província de Ghazni, serão realizadas no mesmo dia, disse Abdul Badi Sayyad à imprensa.
A presidência do atual chefe de Estado, Ashraf Ghani, foi marcada pelo aumento da violência, um nível recorde de baixas civis e profundas divisões políticas e étnicas entre os afegãos. O governante aspira a um novo mandato em 2019.
‘Retirada significativa’
O Afeganistão também encerra um ano complicado antes da perspectiva da retirada de parte das forças armadas dos Estados Unidos.
No final de dezembro, o presidente Donald Trump decidiu retirar do país uma “significativa” quantidade de militares. “A decisão já foi tomada. Teremos uma retirada significativa”, declarou no dia 21 uma fonte do governo, que pediu para não ser identificada.
Atualmente, os EUA têm cerca de 14 mil homens no Afeganistão, na missão da Otan de apoio às forças afegãs e em operações de combate ao terrorismo.
Trump tomou a decisão no mesmo dia que informou ao Pentágono seu desejo de retirar as tropas americanas da Síria.
Em função da situação, o secretário de Defesa, Jim Mattis, abandonou o cargo argumentando que seus pontos de vista não estão alinhados com os do presidente.
A nova estratégia americana em relação à Síria e ao Afeganistão abre um cenário de incerteza no Oriente Médio e na Ásia Central.
No ano passado, Mattis convenceu Trump a se comprometer com o envio de milhares de homens ao Afeganistão, onde os talibãs estavam massacrando as forças locais e obtendo importantes avanços.
Segundo o “The Wall Street Journal”, mais de 7 mil militares americanos serão retirados do país.
A mudança também ocorre no momento em que os EUA promovem um acordo de paz com os talibãs.
Fonte: G1