Advogado de Trump tenta impedir uso de materiais apreendidos em busca do FBI

Policial federal americana fez buscas em sua casa e escritório no começo da semana, irritando o presidente americano.

Michael Cohen, advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está pedindo uma ordem de restrição temporária para buscas do FBI realizadas na segunda-feira em sua casa e escritório, informou um porta-voz do Departamento de Justiça norte-americano nesta sexta-feira (13).

A ordem poderia impedir o governo de usar os materiais apreendidos, segundo fonte com conhecimento da investigação.

A operação de buscas foi realizada após indicação do procurador especial Robert Mueller, que está investigando alegações de interferência russa na eleição norte-americana de 2016, em inquérito que também apura se a campanha de Trump conspirou com Moscou.

‘Desnecessária’

Stephen Ryan, advogado de Cohen, declarou em um comunicado logo após a busca que a decisão de vasculhar o escritório de Cohen foi “totalmente imprópria e desnecessária”.

Cohen foi advogado de Trump e seu confidente durante anos, e aconselha o atual presidente em negócios imobiliários e questões pessoais.

Cohen também disse que pagou US$ 130 mil à ex-atriz pornô Stormy Daniels dias antes da eleição de Trump, em 2016, para que ela se calasse sobre suposta relação que manteve com o magnata há dez anos.

Na semana passada, Trump rompeu seu silêncio sobre o pagamento a Stormy Daniels, cujo nome real é Stephanie Clifford, e negou ter pago qualquer valor à ex-atriz em troca de seu silêncio.

Sobre o pagamento feito por Cohen, o presidente declarou não saber.

Ataque ao país’

Trump disse no começo da semana que a ação no escritório e na casa de Cohen foi “vergonhosa” e uma “invasão”, apesar do mandado. O presidente usou ainda o termo “caça às bruxas” e afirmou que a investigação é um “ataque ao país, de certa forma”.

Trump também criticou a equipe de Robert Mueller, a quem chamou de “o grupo mais tendencioso” que já viu. Segundo o jornal “Washington Post”, Cohen está sob investigação por possível fraude bancária e violação de financiamento de campanha.

Fonte: G1