Advogada flagrada com drogas tem prisão preventiva decretada

A advogada flagrada com 10 quilos de cocaína em Manaus teve sua prisão preventiva decretada nesta sexta-feira (29/11). A decisão, solicitada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), ocorre uma semana após sua liberação pela polícia. O caso envolve suspeitas de irregularidades no flagrante, levantando questionamentos sobre a atuação das autoridades.

Decisão judicial e atuação do MPAM

A juíza Careen Aguiar, da Vara de Garantias Penais e de Inquéritos Policiais, autorizou a prisão. As Promotorias de Justiça Especializadas em Tráfico de Drogas e Controle Externo da Atividade Policial fizeram o pedido. O MPAM identificou falhas no procedimento, como a ausência de indiciamento da advogada, mesmo após o flagrante. Para as promotorias, a soltura inicial representava um risco à ordem pública.

Irregularidades no flagrante

O episódio inicial ocorreu em 21 de novembro, quando policiais da Rocam apreenderam a droga no veículo em que a advogada estava. Enquanto o condutor foi preso, ela foi liberada na delegacia. O MPAM apontou falhas na análise das provas devido à atuação remota de delegados, o que teria prejudicado o processo. Além disso, investigações revelaram contradições nos depoimentos da suspeita.

Esclarecimentos sobre o caso

Durante uma coletiva de imprensa, promotores destacaram que a advogada não estava em exercício profissional no momento do flagrante. O MPAM também denunciou a conduta de representantes da OAB-AM, presentes na delegacia, e reforçou a necessidade de uma aplicação imparcial da lei. Novas provas mostram que a suspeita utilizava o veículo com frequência, o que contradiz as declarações dadas à polícia.

A advogada permanece à disposição da Justiça e será processada pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. Para mais notícias sobre segurança pública e investigações criminais, continue acompanhando nosso portal.

Foto: Hirailton Gomes