Adolescentes indígenas e ribeirinhos concluem oficina de cinema. Produção de curta metragem em celular e obras audiovisuais, foram ministradas a moradores em situação de vulnerabilidade social.
Adolescentes indígenas e ribeirinhos concluem oficina de cinema.
Oficina foi realizada no museu vivo Centro de Ciências e Saberes Karapãna, da Aldeia Yupirungá, localizado na rua Cojubins, 160, Tarumã-Açu, zona Oeste de Manaus.
O encerramento da oficina foi neste sábado (26/2), com grande participação de adolescentes residentes na comunidade.
A oficina foi apoiada pelo edital “Manaus Faz Cultura”, e começou dia 15 de janeiro deste ano, com o objetivo de capacitar os participantes a dominarem as etapas de edição e produção de vídeos.
Indígenas aprenderam técnica de filmagens em celular
As etapas foram compostas por discussão de análises fílmicas; domínio de elementos básicos da construção de roteiros e de argumentos de documentários, e ficções em curta metragem.
Foram enumerados os contrastes e elementos básicos de linguagem cinematográfica, como, elementos de câmera, ângulos, montagem de roteiro e estrutura de projetos.
Além disso, foi repassado aos participantes, o desenvolvimento de histórias e documentários que retratem a vida e a cultura regional.
Tudo isso, através dos dispositivos de captura de imagens via celular.
O curso vai auxiliar não somente no ensino mas, também, no armazenamento dos costumes e tradições dessa população, por meio de documentários produzidos por eles mesmos.
A maioria dos adolescentes possuía um celular, mas não tinha noção de como usar corretamente na hora de produzir um filmete.
Com a oficina, eles adquiriram a base para armazenar seus afazeres e sabres tradicionais indígenas, garantindo a preservação de sua cultura e ancestralidade.
“Manaus Faz Cultura”
O edital lançado em 2021 pela Concultura, injetou recursos da ordem de R$ 900 mil na cadeia cultural da cidade.
Esses recursos estão sendo usados na realização de um total de 45 projetos artístico-culturais voltados para crianças, adolescentes e adultos nas diversas zonas da cidade.
Para a indígena da Aldeia Yupirungá, Maria Alice Paulino, as maiores dificuldades apareceram no período das aulas híbridas e foi aí que surgiu a necessidade do celular.
A partir daí, a oficina fluiu, evoluindo para o ensino na área de produção de mídia pedagógica no ensino e aprendizagem das crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Fonte: Manauscult