Médico idealizador do “Mãos Amigas” recebe Comenda Ordem do Mérito Legislativo

O trabalho voluntário do projeto “Mãos Amigas”, que prestou mais de 500 atendimentos em residências da periferia na capital, no período mais crítico do Covid 19, rendeu ao médico João Bosco da Silva Júnior, 31 anos, idealizador, a indicação para receber a Comenda Ordem do Mérito Legislativo, a partir de uma indicação do deputado Adjuto Afonso (PDT). A solenidade aconteceu na noite de quarta-feira (15), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

Durante a segunda onda do Covid-19, quando os hospitais fecharam as portas em detrimento à superlotação, o médico idealizou e criou o projeto chamado “Mãos Amigas”, disponibilizando atendimentos médicos, fisioterapêuticos e psicológicos gratuitos pelas residências na capital, com mais 20 profissionais da medicina.

“Muito importante essa indicação, que trata de um projeto tão especial que conseguiu salvar centenas de vidas. Foi algo que saiu do meu coração, e eu estou completamente agradecido e lisonjeado com a homenagem”, ressaltou o médico João Bosco, que chegou à homenagem acompanhado dos demais médicos integrantes do projeto.

O deputado Adjuto Afonso mais uma vez parabenizou a iniciativa e atuação do profissional, que colocou a vida em risco para salvar outras vidas. “Um exemplo de servir à sociedade que deve sim ser evidenciado. Vivemos um momento singular com esse vírus, naquela época do surto geral na cidade, várias pessoas não tinham como ter acesso a nenhum tipo de tratamento, hospitais lotados, e aí o Dr. João Bosco foi para às ruas de forma voluntária atender quem precisava”, disse o deputado.

Filho de costureira, João Bosco da Silva Júnior nasceu em Humaitá (a 591 km de Manaus), porém, com três meses a família mudou-se para o município de Lábrea (a 701 de Manaus), onde cresceu e morou até os 23 anos, quando veio para a capital cursar a faculdade de medicina na Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

A homenagem é a maior condecoração do poder legislativo concedida a chefes de estado e de governo, políticos, magistrados, membros do Ministério Público, militares, diplomatas, professores, cientistas, escritores, servidores, médicos, desportistas e outras personalidades, por relevantes serviços em cumprimento do interesse público.

Através de atendimentos multidisciplinares, um total de 537 pessoas, que em um cenário de pandemia, puderam usufruir de assistência médica e social sem custo e de qualidade. A atuação em nível residencial se deu no estilo homecare individual. Após a crescente demanda, o profissional convidou outros amigos e, em menos de 15 dias, mais de 20 profissionais formaram uma equipe composta por 15 médicos, três fisioterapeutas, um psicólogo e um assistente social.