Como forma de se antecipar a fenômenos meteorológicos, prevenir a população de desastres naturais e minimizar perdas econômicas, o deputado estadual Álvaro Campelo (Progressistas), deverá apresentar nos próximos dias uma indicação do Projeto de Monitoramento por Calhas ao Governo do Estado. A proposta foi entregue ao parlamentar, na manhã desta segunda-feira (6), pela presidente do Núcleo Regional do Amazonas da Sociedade Brasileira de Meteorologia (NRAM/SBMET), Patrícia Guimarães, durante Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que tratou do tema.
Patrícia, que tem Mestrado e Doutorado na área, explicou a importância do profissional de meteorologia estar presente no interior do Estado, para alertar sobre os eventos adversos de tempo que não chegam ao conhecimento do poder público, além da possibilidade de monitorar os eventos climáticos graduais, como por exemplo, a possibilidade da ocorrência do fenômeno La Niña, que causa um aumento de chuvas na região e consequente elevação da cota dos rios. “A proposta se baseia justamente em utilizar o que já se tem disponível, que são os radares meteorológicos espalhados no Amazonas, que podem realizar uma previsão de curtíssimo prazo, prevendo com antecedência, eventos severos”, ressaltou Guimarães.
Na oportunidade, uma Carta Compromisso foi assinada, entre os presentes, de modo que os profissionais meteorologistas qualificados pelo o próprio Estado, conforme descrita na Lei N°6.835, de 14 de outubro de 1980, possam ser inseridos nos órgãos executivos do estado e do município.
Estiveram presentes na Audiência Pública, representantes da Defesa Civil do Estado do Amazonas; Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH/AM); Secretaria do Estado e Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti); Secretaria de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus (Seinfra); Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema); Secretaria de Estado de Produção Rural (SEPROR); Secretaria de Segurança Pública (SSP); Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT); Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea/AM); Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVSS/AM) e o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).
Prejuízos causados por desastres naturais
Em 2020, o Amazonas teve prejuízos de R$ 329,5 milhões causados por desastres naturais. O valor consta no estudo “Danos prejuízos causados por outros desastres durante a pandemia em 2020”, da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
A pesquisa mostra o impacto financeiro de fenômenos como inundações, alagamentos, deslizamentos, secas e incêndios florestais registrados durante a pandemia de Covid-19. O mapeamento mostra ainda os malefícios humanos, materiais e ambientais dos desastres naturais, potencializados pela ação humana.