As vacinas contra a febre aftosa começaram a ser comercializadas nesta quarta-feira, 15, em 41 municípios do Estado do Amazonas. A primeira fase da campanha de vacinação “Amazonas sem Aftosa” – que tem como objetivo erradicar a doença -, teve início hoje e segue até o dia 30 de abril. As vacinas podem ser compradas pelos produtores e pecuaristas em Casas Agropecuárias credenciadas e, em alguns municípios, nos escritórios do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam). A lista completa pode ser conferida no site da Sepror (www.sepror.am.gov.br).
Para dar início às atividades, a campanha do Governo do Amazonas foi lançada oficialmente no município de Manacapuru. Com um rebanho de mais de 15 mil animais, Manacapuru serve de modelo para os demais municípios do Estado. É que na última campanha, segundo o diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Alexandre Henrique de Araújo, a cobertura vacinal do município foi de 98,5%.
“Nós temos observado que a cada ano os nossos produtores têm respondido melhor ao chamado do Estado para que ele possa fazer essa vacinação. Nossa meta é ampliarmos a cobertura vacinal para efetivamente termos o reconhecimento de área livre de aftosa com vacinação”, reforça.
A vacinação do rebanho é obrigatória e deve ser aplicada em bovinos e bubalinos de todas as idades. O preço médio da dose de vacina oscila entre R$ 1,80 e R$ 2,20. Nesta etapa da vacinação participam os municípios de Alvarães, Amaturá, Anamã, Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Fonte Boa, Iranduba, Itacoatiara, Itapiranga, Japurá, Jutaí, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Maraã, Maués, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tefé, Tonantins, Uarini, Urucará e Urucurituba.
“A meta é vacinar 500 mil animais em 41 municípios do Amazonas no período de 15 de março a 30 de abril. É importante que o produtor faça a vacinação e a notificação na Adaf para que possamos com isso possamos fortalecer nosso serviço de defesa agropecuária”, pontua Alexandre.
A campanha de vacinação do Governo do Amazonas faz parte das ações de Defesa Sanitária Animal para promover a erradicação da febre aftosa em todo o Estado, de acordo com as diretrizes do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As prefeituras municipais atuam com papel importante neste processo. Para o prefeito de Manacapuru, Beto Dangelo, a vacinação do rebanho garante abertura de mercado e, principalmente, a segurança alimentar da população.
“Hoje a nossa maior preocupação é com a segurança alimentar da população manacapuruense. Queremos ter a certeza de que o vai para a mesa foi inspecionado, saber que houve uma vigilância sanitária acima de tudo isso”, destacou.
O produtor rural, Luiz Telmo, abriu as portas de sua propriedade e foi o primeiro pecuarista do município a vacinar o rebanho. Para ele a sanidade do animal garante bons negócios. “Os benefícios de erradicar a doença do meu rebanho é muito grande. Passamos a vender a carne com qualidade e isso diminui os custos na produção”, reforçou.
Penalidades para quem não vacina
Quem não vacina e não notifica está passível a penalidades como a multa. Não pode, ainda, retirar Guia de Trânsito Anima (GTA) – documento obrigatório para o trânsito de animal dentro e fora do Estado -, não pode participar de eventos pecuários e tão pouco transportar os animais para comercialização. No Amazonas, a multa é de R$ 40 por cabeça de gado não imunizado além de mais R$ 300 por propriedade e pagamento dos custos de deslocamento para ADAF realizar a vacinação, de acordo com a Lei nº 2.923, de 27/10/2004, e Decreto nº 25.583, de 28/12/2005.
Sobre a doença
A febre aftosa é uma doença causada por um vírus altamente contagioso, que acomete bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos e outros animais de cascos fendidos.
Toda suspeita de doença vesicular, segundo Alexandre Henrique, é de notificação imediata e obrigatória. Qualquer pessoa que verifique a existência de sinais clínicos, tais como: salivação (babeira), claudicação (manqueira), vesículas (feridas) na boca, patas e úbere de bovinos, búfalos, caprinos, ovinos, suínos, além de outras espécies de casco fendido, deve comunicar imediatamente a unidade mais próxima da Adaf.
“Um veterinário oficial fará a inspeção dos animais e, caso se confirme como uma doença vesicular, tomará as providências necessárias, como colheita de amostras para diagnóstico laboratorial e estabelecimento de medidas emergenciais de proteção para evitar que a doença se espalhe”, explica Alexandre.
Fonte: Sepror/Governo do Amazonas