CPI: deputado Sinésio Campos aponta que problema está na distribuição e não na geração de energia

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) teve como depoentes, em sua 17ª reunião de quarta-feira (01), os Produtores Independentes de Energia (PIE’s).

Na ocasião, sete PIE’s prestaram esclarecimentos: Gera Amazonas, Rio Amazonas Energia, Breitner Energética, Companhia Energética Manauara, VP Flexgen Brasil SPE, a Aggreko e a Oliveira Energia.

Os PIE’s como Gera Amazonas, Rio Amazonas Energia, Breitner Energética, Companhia Energética Manauara explicaram que possuem atuação somente na capital, Manaus, e que o serviço está limitado à produção de energia elétrica, a partir do gás natural recebido da Eletronorte.

Destacaram que não possuem relação contratual com a Amazonas Energia, exceto o pagamento pela utilização de usinas para a industrialização do gás natural, que obedece a tarifa tabelada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Os demais PIE’s, VP Flexgen Brasil SPE, a Aggreko e Oliveira Energia explicaram que a energia gerada por eles atende municípios do interior do Estado, atendendo um total de 31 comunidades. O produtor VP Flex, que atende Humaitá, foi questionado pela comissão sobre diversas reclamações relacionadas ao fornecimento de energia no município, mas, VP Flex apontou somente falhas por problemas técnicos.

Duas das empresas ouvidas na Comissão ganharam o direito de atuarem como produtoras independentes por também terem vencido o leilão da Amazonas Energia, o que gerou vínculos contratuais. Nesse caso, após a industrialização do gás natural, elas entregam a produção diretamente para a concessionária.

O presidente da CPI da Amazonas Energia, deputado estadual Sinésio Campos (PT), destacou que, após ouvir os geradores independentes, ficou claro que o problema é, de fato, a distribuição e não a geração de energia.

“Não é feita a manutenção de rede. Eles produzem a energia. O grande gargalo está sendo na distribuição da energia já que não está sendo feita a manutenção”, concluiu o presidente da CPI, Sinésio Campos.