Com o objetivo de atuar no apoio a iniciativas ligadas a questões climáticas de base sustentável, representantes da empresa Ateha, sediada em Santa Catarina (SC), visitaram o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) nesta terça-feira (23) para entender de que forma os processos realizados pelo CBA e a rede de instituições relacionadas ao Centro podem contribuir com o foco de atuação da empresa.
Os sócios da Ateha, Júlia Maggion Danilas e Humberto Matsuda, foram recebidos pelo gestor do CBA, Fábio Calderaro, e pelos pesquisadores da instituição que falaram, dentre outros assuntos, sobre a atividade realizada no Centro e os objetivos propostos para o pleno estabelecimento de uma bioeconomia cujo potencial de geração de emprego, renda e desenvolvimento social na região é notório.
A sócia da Ateha, Júlia Danilas, comentou que “a empresa está se voltando ao desenvolvimento de startups com foco climático, para desenvolver soluções, inovação, pesquisa e desenvolvimento para questões climáticas e visa a fomentar o empreendedorismo e investir no segmento bioeconômico local”. Para isso, segundo ela, era necessário conhecer a realidade amazônica, entender como o ecossistema regional interage entre si e quais as iniciativas em prática na Amazônia que convergem com o trabalho que a Ateha busca estar mais integrada.
O gestor do CBA ressaltou que a bioeconomia amazônica tem hoje um apoio muito forte da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) – Autarquia à qual o Centro é vinculado – a partir dos novos normativos que incentivam o uso de insumos regionais nos processos fabris de empresas instaladas na área de abrangência do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM). “O Polo Industrial de Manaus (PIM) é a espinha dorsal deste modelo de desenvolvimento regional. Com normativos como a Resolução 02/2021 do Conselho de Administração da Suframa (CAS) há um incentivo ainda maior de se inserir insumos amazônicos nas linhas de produção, uma iniciativa que visa a reforçar a bioeconomia local”, disse Calderaro.
Após visita às juntas laboratoriais do CBA e a apresentação de parte dos projetos em desenvolvimento na instituição, o gestor do Centro sugeriu aos representantes da Ateha buscarem maior imersão no ecossistema local com conversas com variados atores do segmento e, também, visitarem as comunidades regionais para identificarem as oportunidades e os desafios que a Amazônia tem a oferecer no que se refere aos objetivos da empresa.