Angelus Figueira propõe elaboração de plano estratégico de desenvolvimento para o Amazonas

O deputado estadual Angelus Figueira (DC) vai indicar ao Governo do Estado a elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento para o Amazonas. Segundo o parlamentar, o discurso da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), foi extremamente importante para a criação do indicativo.

“Eu tive a oportunidade de acompanhar a COP26 em todos os pronunciamentos técnicos e de chefes de governo. E posso lhe assegurar que a proposta que estamos fazendo, que esta Casa está fazendo tem a ver com o futuro do Amazonas. Estamos propondo ao Estado um indicativo para elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento para o Amazonas. Ficou claro nos últimos dias que o Amazonas tem uma cobertura vegetal sem igual no mundo. Nós acompanhamos e esse nosso plano propõe, exatamente o que todo mundo preconizou. Não queremos pegar carona, mas queremos viabilizar o Amazonas em cima de questões que são vitais para todo mundo”, disse o parlamentar.

Segundo Figueira, o mundo vive um problema das mudanças climáticas e é preciso que ações de controle sejam postas em prática.

“O Estado do Amazonas tem alguns milhares de hectares de reserva florestal estadual. No Sul do Amazonas, no Centro e no Norte do Amazonas, sem que a sociedade tire proveito. Eu vi o príncipe Charles falar dando força… Nós podemos fazer muito melhor. Imagine o que isso representa do ponto de vista social e econômico para o interior e podemos fazer diferente do que é feito. Nós precisamos dar uma resposta”, completou o deputado. 

Floresta em pé

Durante discurso nesta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o parlamentar falou ainda sobre a questão dos recursos hídricos, ponto sempre levantado por ele em seus discursos e que é de extrema importância para a manutenção da floresta.

“Eu foco na questão do manejo florestal. É visível a manutenção da floresta em pé no Estado do Amazonas e foi corrente na COP o discurso para a manutenção dessa floresta para a questão climática. Temos também os recursos hídricos. Aqui passam 1/5 quinto dos recursos hídricos do globo, e nós já fizemos um indicativo para criação de alguns instrumentos, por parte do governo, para que tenhamos gestão dos recursos hídricos. Propusemos a criação da frente parlamentar Amazonas, China. Estivemos discutindo essa questão e isso pode ajudar, enormemente, o Amazonas. Mas é preciso um plano estratégico”, disse. 

Igarapés e turismo

Preocupado com o que vai ser deixado para as futuras gerações, Angelus Figueira relembrou o tempo em que os igarapés que cortam Manaus não eram poluídos. O que, na sua opinião, uma vez limpos, os igarapés, podem servir para fomentar o turismo na capital amazonense.

“Nossos igarapés… Sabemos como isso era importante para nossa Manaus e como pode contribuir do ponto de vista do turismo e outras questões. Nesse plano estratégico, propomos ainda abordagem para questão mineral. Temos no Madeira uma só cooperativa com mais de 800 balsas trabalhando fazendo mineração e nenhuma mineradora está regularizada no Amazonas. São milhares de dólares que o Estado deixa de se beneficiar. Ainda tem a questão do crédito de carbono. Não podemos chegar mais em evento como o último com falas folclóricas, sem amparo técnico. São questões fundamentais. Queremos deixar a contribuição de questões concretas”, finalizou.