O Governo do Amazonas estuda informatizar a gestão da Saúde, com a integração das unidades de atendimento. Um dos modelos em análise é o desenvolvido pelo Governo do Estado do Paraná, o Sistema de Gestão Hospitalar e Ambulatorial do SUS (GSUS), referência no País, com mais de dez anos em operação. A proposta é implantar planejamento e controle em todas as áreas, do abastecimento de insumos e medicamentos, contratos com fornecedores e prestadores de serviços, quadro de pessoal ao uso do prontuário eletrônico, medidas fundamentais para a melhoria do atendimento à população.
Nessa sexta-feira (22/02), o vice-governador e secretário de Saúde do Amazonas, Carlos Almeida, conheceu o modelo de gestão paranaense, desenvolvido pela estatal local, a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar). Acompanhou o vice-governador, Guilherme Morais, diretor-presidente da Processamento de Dados do Amazonas (Prodam).
“Precisamos informatizar a gestão e integrar as unidades de saúde, isso é fato e importante. O GSUS será apresentado aos nossos gestores, avaliaremos prós e contras e a disponibilidade financeira do Estado para esse investimento”, destaca o vice-governador e secretário de Saúde, Carlos Almeida.
Vantagens – Entre os benefícios para o cidadão, o GSUS proporciona o acompanhamento, pela internet, do agendamento à transferência e cancelamento de consultas e exames. Em cada alteração, o paciente é avisado por mensagem de celular. Essa transparência, combate, por exemplo, filas paralelas no sistema de regulação.
Pelo GSUS, o paciente também pode consultar, de sua casa, laudos de exames laboratoriais.
Prontuário eletrônico – “Outro importante ganho proporcionado por uma gestão informatizada é o uso do prontuário eletrônico. Por intermédio dele, todas as unidades da rede de Saúde podem acompanhar as consultas e exames que o paciente já realizou, bem como tratamentos. Dessa forma, é possível evitar, por exemplo, que o mesmo paciente repita exames desnecessariamente”, afirma o secretário.
Esse tipo de cuidado, explica Carlos Almeida, gera ganho de tempo para o paciente, bem como a otimização dos recursos públicos. Uma rede de saúde com planejamento e gestão informatizada, defende, ganha em produtividade e em qualidade, o que contribui para reduzir a própria fila de espera. Nos últimos anos, o sistema de regulação do Amazonas acumulou 98 mil pessoas, que aguardam por consultas, exames, cirurgias.
Os benefícios do GSUS, apresentados na Celepar ao secretário de Saúde, se devem a avanços do Sistema informatizado, como: 1 – Atendimento ambulatorial, pronto-atendimento e internação integrados entre as unidades de saúde; 2 – Controle de evolução médica, enfermagem e terapeutas interligados; e 3 – Controle de rastreabilidade de medicamentos e insumos. Esse procedimento informatizado combate desperdícios, proporciona o adequado abastecimento das unidades de saúde, além de cuidar que o paciente receba a medicação correta.
O secretário conheceu o funcionamento do GSUS no Hospital Infantil Waldemar Monastier. Na farmácia da unidade, o sistema gerencia o recebimento e dispersão de medicamentos, com controle por código de barras. Mesmo que ocorra o uso de medicamento entre hospitais, o estoque é mantido atualizado automaticamente. A partir de relatórios, o gestor sabe, a qualquer tempo, o nível de estoque e quando cada medicamento vencerá, podendo assim planejar o reabastecimento com precisão.
Custo-benefício – Para o diretor-presidente da Prodam, João Guilherme de Moraes, é mais eficiente para a gestão pública a adoção de um sistema já utilizado. Atualmente, a rede de Saúde do Amazonas possui sete sistemas, que não se comunicam.
“Frente às necessidades urgentes da Saúde, é mais viável, em termos de tempo e de custo, a adoção de um sistema cujos resultados positivos já são conhecidos. Além disso, um sistema que possa ser assumido pela equipe técnica da Prodam. Dessa forma, podemos ajustá-lo às nossas particularidades, com integração a outros sistemas governamentais”, defende.