O Governo do Amazonas está preparando uma grande campanha de vacinação contra o sarampo, uma preocupação local, sobretudo com a migração venezuelana, mas também do Governo Federal. Isso porque o País poderá perder a certificação internacional de eliminação do sarampo caso os surtos do vírus, que também alcançaram Roraima e Pará, não sejam eliminados.
‘’A questão do sarampo é um caso sério de saúde pública, com reflexos também na economia do País. Sem a certificação, teremos problemas, por exemplo, com o turismo’’, alerta o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante a 1ª Assembleia Geral 2019 da Comissão Intergestores, realizada hoje (14/02), na sede da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), em Brasília, e que reuniu secretários municipais e estaduais de Saúde e a União.
No encontro, o Ministério da Saúde mostrou, aos secretários, a queda crescente nos índices de vacinação no País desde 2011 (veja os números abaixo), motivados por inúmeras questões, o que não é diferente no Estado, como afirma o vice-governador e secretário da Saúde, defensor público Carlos Almeida. ‘’Há várias causas socioeconômicas. Uma delas é que as gerações mais jovens não viveram períodos em que o Brasil sofreu com doenças como o sarampo, então muitas subestimam os riscos do vírus. Nosso desafio é mudar esse e qualquer outro entrave’’, destaca o secretário.
Carlos Almeida afirma que a campanha de vacinação terá o desafio de elevar os índices nos municípios que não atingiram a meta de no mínimo 95% de cobertura vacinal, preconizada pelo Ministério da Saúde. “No geral, em 2018, o Amazonas alcançou média de 97,47% na primeira dose e 79% na segunda dose. Metade dos municípios não alcançou a meta mínima do Ministério”. No ano passado, segundo o Ministério da Saúde, o País registrou 10.302 casos de sarampo, a maioria no Amazonas.
O secretário de Saúde afirmou que o ministro Mandetta está certo quando disse que, ‘’apesar das dificuldades de cada cidade, de cada gestor, está faltando estratégias para ampliar a vacinação’’. Usar a elevada taxa de matrícula escolar para ampliar a vacinação é uma delas, um caminho defendido no encontro de secretários.
QUADRO
COBERTURA VACINAL EM QUEDA NO BRASIL
SARAMPO
2011 – 100% 1ª dose – 92,8% 2ª dose
2017 – 90,4% 1ª dose – 75,2% 2ª dose
2018 – 83,4% 1ª dose – 68,0% 2ª dose
Fonte: Ministério da Saúde
Mais informações: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Saúde (Susam): Roseane Mota e Lúcio Pinheiro (98407-1699). E-mail: comunicacao@saude.am.gov.br