Com mais de 30 atividades realizadas – entre reuniões técnicas, palestras, encontros interinstitucionais, visitas à indústrias, entrevistas e prévias de acordos de cooperação – a Missão Arara da Suframa encerrou sua agenda de tarefas no Acre destacando projetos com potencial de tornarem-se catalisadores de ações de desenvolvimento regional.
O superintendente da Suframa, Algacir Polsin, salientou os objetivos da Missão Arara no Acre e avaliou como positiva a receptividade demonstrada no Estado.
“A Suframa já contribuiu historicamente com o Acre, em ações como o financiamento da construção da Universidade Federal do Acre. Hoje, com menos autonomia na gestão dos recursos financeiros, a Suframa quer continuar contribuindo com medidas como o alinhamento de atores municipais, estaduais, federais e privados na integração de esforços em prol do desenvolvimento sustentável, na atração de investimentos, incentivos fiscais, em mudanças de marcos legais e no apontamento de fontes de recursos”, explicou Polsin.
De acordo com o general, durante toda a semana a Autarquia buscou enfocar as potencialidades de algumas ferramentas idealizadas para o fomento do desenvolvimento sustentável. Uma delas é a plena implantação da Zona de Desenvolvimento Sustentável Abunã-Madeira, projeto que atingirá 32 municípios, localizados no sul do Amazonas, leste do Acre e noroeste de Rondônia, com a extensão total de 454.220 quilômetros quadrados e uma população de 1,7 milhão de pessoas. Conforme Polsin, o planejamento é desenvolver e potencializar as vocações econômicas da área conjugada com a preservação ambiental, pois no local há 80% de floresta coberta e 43% dos municípios possuem baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O superintendente também destacou a importância da Resolução 02 do Conselho de administração da Suframa (CAS), a qual considera como insumos regionais aqueles de natureza agrícola e extrativa vegetal, que tenham sido extraídos, coletados, cultivados, criados, produzidos ou industrializados pela agroindústria com insumos regionais da Amazônia Ocidental ou pela agricultura familiar na Amazônia Ocidental. “Podemos, por exemplo, potencializar o setor primário do Acre atraindo bioindústrias e agroindústrias para desenvolver produtos de valor agregado a partir da biodiversidade da região”, frisou Polsin.
O general ressaltou, ainda, a possibilidade do uso de recursos das empresas produtoras de bens de informática, obrigadas a investir parte do seu faturamento bruto em projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I). “São cerca de R$ 800 milhões anuais que podem ser investidos no Acre, no Amazonas, em Roraima, em Rondônia e no Amapá em projetos tecnológicos estruturantes e inovadores. Cada vez que uma empresa fabricante de bens de informática se instala em Manaus, esse valor aumenta”, salientou Polsin, acrescentando que técnicos da Autarquia se reuniram durante a semana com institutos de ciência e tecnologia do Acre para incentivá-los a se manterem credenciados ou se credenciarem no Capda, requisito para terem projetos financiados.
Em uma das últimas ações da Missão, ocorrida na quinta-feira (16), o superintendente da Suframa, Algacir Polsin, reuniu-se no auditório da Associação dos Municípios do Acre (Amac), com os prefeitos associados, representantes de cidades como Acrelândia, Assis Brasil, Brasiléia, Bujari, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Jordão, Porto Acre, Santa Rosa do Purús e Xapuri. O presidente da Amac e prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, destacou a parceria histórica da Autarquia com os municípios do Acre. Segundo levantamento da Associação, de 2009 até 2012, a Suframa realizou 81 convênios com os municípios acreanos, num total de quase R$ 27 milhões disponibilizados. “O primeiro convênio que fiz com a Suframa, nos anos 90, quando era prefeito de Acrelândia, foi a compra de um computador 286 e uma impressora. A Suframa segue sendo importante, aconselho a todas as prefeituras a se cadastrarem na Suframa para, por exemplo, obterem descontos em compras”, frisou.
Em resposta à demanda de prefeitos por capacitação na elaboração de projetos, Polsin destacou cursos disponíveis no site da Autarquia e sugeriu a realização de um curso presencial específico sobre o tema, ministrado por técnicos da Suframa.
Atividades
A agenda da Missão Arara no Acre começou na terça-feira (14) com reunião com o governador Gladson Cameli e contou com vários encontros com lideranças e corpo técnico de instituições como o Sebrae-AC, Instituto Federal do Acre (Ifac), Universidade Federal do Acre (Ufac), Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) e a Embrapa, além de representantes das Câmaras Técnicas das áreas de Agronegócio, Tecnologia e Inovação e Economia Criativa do Acre.
Foram ministradas palestras com detalhamento dos incentivos fiscais e dos passos necessários para se cadastrar na Suframa.
Também ocorreram visitas técnicas às instalações da indústrias Acreaves e Dom Porquito, no interior do Acre, e foram realizadas orientações para servidores da Coordenação Regional de Rio Branco, da Área de Livre Comércio de Cruzeiro do Sul e da Área de Livre Comércio de Brasileia/Epitaciolândia, tendo em vista a instituição de uma representação mais ampla da Autarquia no Estado, com maior foco na indução do desenvolvimento regional.
O acrônimo que nomeia a Missão Arara faz referência às iniciais dos Estados que abrangem a área de atuação da Autarquia (Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima e Amapá). O objetivo é a promoção de ações de fomento ao desenvolvimento sustentável e medidas de estruturação do ecossistema de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I)..