Assembleia protocola recurso para derrubar liminar que suspendeu a CPI da Energia

A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), por meio da Procuradoria-Geral, protocolou recurso, nesta sexta-feira (10), contestando o Mandado de Segurança da Amazonas Energia, emitido pelo desembargador Airton Luís Corrêa Gentil, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que suspendeu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a empresa. A Casa Legislativa pediu reapreciação urgente da liminar.

O documento, assinado pelos procuradores da Aleam Robert Wagner de Oliveira, Vander Góes e Gerson Viana, defende que a criação da CPI preencheu todos os requisitos constitucionais, inclusive tendo um fato determinado. O recurso também explica que a CPI está devidamente regular para funcionamento imediato, e acrescenta que foi feito o aditamento do objeto da Comissão descrito no pedido anterior. O objeto foi ampliado para incluir na investigação fatos novos que não foram contemplados no primeiro pedido, notadamente o descumprimento das Leis estaduais 5.143/2020 e 5.145/2021, que proíbem cortes de energia durante a pandemia.

O novo pedido mais abrangente substitui o primeiro, em relação ao qual foi impetrado o mandado de segurança, ficando prejudicada e análise da decisão feita do plantão judicial. A Aleam aguarda que o relator originário, ao receber a contestação, reaprecie a liminar dada em sede de plantão e a revogue, permitindo o prosseguimento da CPI, independentemente do prosseguimento do processo do mandado de segurança.

“A CPI da Energia não pode parar e o povo aguarda por respostas, pois a população merece um serviço de qualidade. Espero que a justiça possa avaliar o recurso para darmos início às investigações”, declarou o deputado estadual Sinésio Campos, que preside a CPI.

A Comissão, composta também pelos deputados Carlos Bessa (PV), como relator; Dermilson Chagas (Podemos), Fausto Júnior (MDB) e Cabo Maciel (PL), foi aberta no dia 1º de setembro para investigar possíveis irregularidades na geração e distribuição do serviço pela empresa Amazonas Energia, questionando o porquê dos constantes racionamentos, apagões e a falta de manutenção da rede elétrica que ocasiona transtornos aos consumidores do Amazonas.