Atualmente, Parintins possui uma das estruturas mais robustas no atendimento voltado à saúde mental no interior do Amazonas
Parintins iniciou nesta quarta-feira, 01/09, a campanha Setembro Amarelo, que neste ano visa a prevenção ao suicídio, principalmente entre o público jovem. A ação de conscientização tem o apoio do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que realiza um trabalho de assistência no tratamento de depressão, ansiedade, entre outras doenças psicológicas que podem culminar em tragédias.
Atualmente uma das cidades com maior estrutura no atendimento voltado à saúde mental no Amazonas, Parintins conta o ano todo com o auxílio do CAPS e todo o seu corpo técnico formado por psiquiatras, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais, educadores físicos, farmacêuticos, enfermeiros, entre outros profissionais capacitados para o atendimento diário dos parintinenses.
O servidor público, Edgar Souza, perdeu a filha Larissa precocemente. Assistido pelo CAPS, ele reafirma a importância da busca pelo tratamento disponibilizado gratuitamente. “Todos nós precisamos. Procure os profissionais. Eles estão aqui para nos ajudar. E outra coisa: valorize a vida. Eu tive uma perda muito grande. Não só eu como toda minha família. Eu tenho certeza que minha filha deixou um legado amor, altruísmo, de simpatia e de muita alegria. Mas ela tinha depressão e ansiedade. Ela lutou até onde pôde”, desabafa.
A diretora do CAPS Parintins, Doricy Ribeiro, lembra que, desde o início da pandemia, a instituição promoveu mais de 24 mil atendimentos. Por sua vez, o prefeito de Parintins, Bi Garcia, ressaltou a atenção que sua gestão disponibiliza para a saúde mental e recorda que há 15 anos, ainda na sua primeira gestão, implantou o primeiro CAPS do Amazonas. “Temos profissionais habilitados para cuidar dos nossos pacientes e avançar nesse trabalho que envolve educação, saúde, social e as famílias. Vamos replicar esse trabalho aqui do CAPS. Exemplo disso é que nós já estamos nos preparando para inaugurar o Caps AD, para dependentes químicos”, salienta Bi Garcia.
“Temos remédios, ótimos profissionais, vários psicólogos. Estamos abertos para abraçar essa causa. Nós agradecemos a oportunidade de, neste mês, falar ainda mais sobre esse tema. A gente precisa falar abertamente para auxiliar as pessoas a detectarem os potenciais suicidas que estão dentro do nosso convívio”, completa o psiquiatra Alessandro Gonzaga.
Fotos: Márcio Costa