A tristeza que se abateu sobre a humanidade com a Pandemia que trouxe o odiento e fatal corona vírus, exterminando vidas humanas, atingiu a todos os habitantes do planeta Terra, sem se apiedar dos mais inocentes, castigando a todos sem exceção. Jamais se contemplou no mundo, antes e depois de Cristo, tão desesperador sofrimento imposto de forma inapelável.
Esse maldito vírus que nasceu na cidade de Wuhan, na China se expandiu por toda a humanidade, e continua contaminando qualquer pessoa que dele se aproxima ou não consegue se afastar, matando suas vítimas como se fossem minúsculas formigas sem corpo e alma.
Conscientes de que a Ciência e a Tecnologia que, exatamente, nos fins do século XX se aproximou de Deus, pelo poder exercido sobre a humanidade, as pessoas imaginaram que a peste seria passageira, e que logo, logo, os cientistas endeusados por tantas descobertas, haveriam de derrotar a desgraçada cepa e não acreditavam que em breve começariam a perder, pai, mãe, irmãos, amigos queridos, personalidades importantes, capazes de se defenderem da morte, usando medicamentos poderosos, seus saldos financeiros e partindo em busca dos melhores médicos, hospitais e casas de saúde.
Mas, infelizmente, o que se vem assistindo é o vírus mudar sua aparência, derrotar até mesmo vacinas criadas para rechaça-lo de nossas vidas, e continuamos a perder pessoas queridas. Perdê-las sem poder fazer uma despedida, uma última homenagem, sem acompanha-las até o túmulo, porque essa é mais uma vingança maldita desse vírus que não esgota sua perversidade contaminosa.
De repente a humanidade se deu conta de que a Ciência e a Tecnologia ainda deverão aprender muito para alcançarem o Pódio da onipotência que Deus continua mantendo.
Perderam e continuam perdendo de dez a zero, para o desgraçado vírus chinês, que sem a mesma falta de piedade de sempre, continua dizimando seres humanos sem se utilizar de bombas, artilharia, metralhadoras, fuzis, e em silêncio, invisível, sem alardes, sem se anunciar, sem deixar se perceber em todas as superfícies onde o ser humano põe suas mãos ele se agasalha e espreita para matar os que não se acautelam com as orientações aturdidas dos cientistas de plantão, que também se contaminam e morrem.
Desesperados, esses cientistas entraram em conflito com as teses mais estapafúrdias, aterrorizaram ainda mais a humanidade e os políticos de oposição aos governantes do poder, aproveitaram o fato para montar seus palanques eleitoreiros, afirmando que foi culpa dos mesmos que não conseguiram vencer o vírus, chamando muitos de genocidas, porque assim fica mais fácil preparar o golpe para as próximas eleições. Novo tipo de lutar pelo poder criando-se a nojeira política, que desune ainda mais os desunidos e nada resolvem.
O Japão foi o país eleito para sediar a Olimpíada no ano de 2020, competição esportiva tem enriquecido por um bom período os países promotores, quando sabem administrar o evento. E os nipônicos haviam se preparado para tal empreitada. Nada os fez desistir, mas apenas adiar para o mês de junho de 2021. E como desde os tempos da antiga Grécia onde começou esse tipo de disputa esportiva, os protagonistas, constituídos na sua grande maioria de jovens atletas, começaram seus treinamentos, sua dedicação, esforço com renúncias a outros sonhos, e com afinco aguardaram o momento em que deveriam se apresenta para o mundo todo, mostrando suas habilidades, suas façanhas coletivas ou individuais nos mais diversos esportes, e chegou finalmente a grande estreia do espetáculo.
Entretanto, de início, os nipônicos e os países participantes perceberam que nas quadras, nos campos, nos teatros, nas arenas, nos ginásios, onde quer que se apresentassem, deveriam vencer primeiro o mais terrível dos inimigos, o vírus chinês. E foram muitos os atletas contaminados, mortos, que desistiram, renunciaram. Mas a Olimpíada não foi proibida nem deixou de ser realizada. Foi quando então as lágrimas da decepção se fizeram constantes. A frustração de se exibirem para o mundo sem plateia para os aplausos, abalou e abateu todos os participantes. Parecia inacreditável, que tanto esforço para mostrar o que foi possível aprender e tornar fantástico o show, para mostrar às mais exigentes plateias transformou-se num vazio nos locais de competição. Não havia quase ninguém para testemunhar as façanhas conquistadas à custa de tantos anos de treinamento, tantos momentos de renúncia, de esforço, de dedicação e a juventude olímpica de 2021 sentiu-se desprezada pelos que deveriam aplaudir seus desempenhos. Apesar dos que acreditam em Deus imaginarem que seriam por Ele protegidos, não conseguiram esse milagre, posto que a humanidade deveria passar por essa gigantesca provação para recolocar no seu devido lugar, o amor, a fraternidade, os sentimentos do espírito e da alma, o verdadeiro valor da família, o incontestável sentimento que deve nortear a humildade de cada um de nós, e mostrar aos cientistas afoitos com suas ideias de poder mais que Deus, que precisam começar a retroceder nos seus conceitos e passem a estudar mais, pesquisar mais, entender que a Ciência, tanto quanto a natureza de Deus, se transforma todos os dias e dá lições aos que não querem aprender essa verdade. Foi sim, uma Olimpíada maravilhosa, como se pôde comprovar nas televisões do mundo inteiro, mas sem plateia ao vivo, que faz o carinho brilhar nos olhos de quem participa, vence ou perde. Foi triste o ano de 2020, para a juventude do mundo inteiro, que aguarda 2022 na França, com as esperanças renovadas, mas ainda, sem a certeza das plateias.
O autor é Conselheiro da Fundação Panamazônia, membro da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas – da Academia de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas, da Academia Brasileira de Ciências Contábeis, da Academia de Letras do Brasil, da Academia de Letras e Culturas da Amazônia – ALCAMA; correspondente da Academia de Letras do Rio de Janeiro, idem do Instituto Geográfico e Histórico do Espírito Santo e outras.