Depois de mais de 10 anos fechada, a biblioteca pública municipal João Bosco Pantoja Evangelista foi entregue à população pela Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Concultura), com seu acervo de mais de 32 mil livros com um dos maiores autores de literatura regional, na última quinta-feira, 15/7, e conta com mostra de quadros de pintores amazonenses como Moacir Andrade, Jair Jacqmont, Monik Ventilari e Ericky Nakanume, tornando-se o novo centro cultural da capital.
Para o diretor-presidente da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Alonso Oliveira, a reabertura da biblioteca municipal significa um novo tempo. “A reabertura da biblioteca marca um novo tempo: o do acréscimo à cultura. A gestão do prefeito David Almeida tem compromisso com a arte, com a cultura, com a educação e, para isso, seguiremos estruturando os equipamentos culturais da nossa cidade para melhor atender o público”, ressaltou Oliveira.
Os espaços multiculturais da biblioteca municipal serão utilizados a partir de agora para vários tipos de projetos educativos, além dos eventos culturais, como explica o presidente do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), Tenório Telles. “Ainda neste segundo semestre, vamos fomentar ações com vários cursos voltados para a arte e ao mister da escrita criativa”, anunciou.
Telles conta que os eventos literários, lançamentos e saraus serão frequentes a partir de agora na biblioteca. “Isso revela toda a pujança e tradição de capital cultural amazônida que sempre foi Manaus”, ressaltou Telles.
Espaço multicultural
Quanto ao acervo de pinturas, a diretora da biblioteca, Silene Lima, explica que são oriundos do Museu de Manaus e do acervo de arte municipal. São seis telas colocadas estrategicamente nos espaços de maior circulação de pessoas, como na escada principal uma grande tela com paisagem amazônica de Moacir Andrade.
“A biblioteca é um lugar de conhecimento e as artes plásticas compõem um item importante da cultura, das manifestações culturais, e fonte de expressão dos artistas de Manaus”, salientou. Ela citou o pintor Moacir Andrade, que tem um livro exposto no acervo da biblioteca, mostrando a diversidade de manifestações e talentos dos artistas.
A diretora informou que os espaços especiais da biblioteca podem servir para exposições de artes, a exemplo do hall, varanda superior e outra sala ampla, desde que seja solicitado com antecedência e justificada relevância cultural.
Quanto ao fato de Manaus ganhar um de seus mais importantes equipamentos culturais, o presidente do Concultura ressaltou que, neste momento de enfrentamento da pandemia da Covid-19, com as pessoas muito impactadas, o espaço vai ser um farol de esperança e de bom ânimo.
“Os livros são fundamentais nesse sentido, a arte é muito importante, que me lembra o poema de Castro Alves, que diz: Oh! Bendito o que semeia livros. Livros à mão cheia. E manda o povo pensar…. Ele diz que o espaço tem esse significado por ser de acolhimento, esperança, e sobretudo onde as pessoas vão se enriquecer de conhecimento e de beleza”, afirmou.