Em comemoração à Semana do Meio Ambiente, que acontece entre os dias 1º a 7 de junho, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) realizará uma série de atividades sobre desenvolvimento sustentável, saneamento básico e reciclagem de lixo, entre outros temas ligados ao meio ambiente.
A maior parte das atividades será organizada pela Comissão de Meio Ambiente da Aleam, presidida pelo deputado estadual Fausto Jr. (MDB). Entre as ações está o 1º. Fórum Amazonas Lixo Zero, que acontecerá dia 1º. de junho, na Aleam.
O objetivo de evento é orientar a sociedade sobre como funciona o conceito Lixo Zero. A ideia é praticada na cidade de Florianópolis (SC), onde mais de 90% do lixo doméstico é reaproveitado.
O projeto Lixo Zero consiste em aproveitar ao máximo os detritos orgânicos e recicláveis, ao invés de jogar os materiais em aterros sanitários e lixões.
O deputado Fausto Jr. disse que no Amazonas apenas Manaus possui aterro sanitário. O local, embora seja planejado para receber o lixo da capital, está perto do limite de carga.
No interior, a maioria dos municípios possuem lixões sem qualquer cuidado com o meio ambiente ou com a saúde pública. Outro problema é que os locais destinados aos lixões ficam próximos à aeroportos ou do leito dos rios. “É um problema sério que precisa de solução urgente”, afirmou Fausto.
O 1º. Fórum Amazonas de Lixo Zero será realizado de forma híbrida, com participantes presenciais e por meio de videoconferência. O evento reunirá representantes de prefeituras, órgãos ambientais, ministério público e dos Governos Estadual e Federal.
“Será uma Semana do Meio Ambiente cheia de atividades, porém o destaque será divulgação do conceito Lixo Zero, que pretendemos implantar gradativamente no Amazonas”, propõe o deputado.
Dinheiro no lixo
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), o Brasil possui 5.561 municípios, porém menos da metade (2.751) contam com planos de gestão integrada de resíduos.
Isso significa que 40% das prefeituras ainda descartam o lixo urbano em aterros sanitários e lixões. Somente 25% das cidades possuem coleta seletiva, segundo o MMA.
Por causa dessa falta de educação ambiental, o Brasil perde, anualmente, R$ 120 bilhões em produtos que poderiam ser reciclados.