1º de maio: momento de reflexão para o futuro do trabalho

1º de maio: momento de reflexão para o futuro do trabalho

O 1º de maio de 2021 parece uma repetição do de 2020, mas não é. A crise aumentou e a pandemia afetou as relações trabalhistas e o desemprego cresceu em escala.

 

1º de maio: momento de reflexão para o futuro do trabalho

Para aqueles que conseguiram se manter no emprego, as transformações no modo de trabalho foram um desafio a ser superado por todos e de modo intenso.

Agora, o trabalho remoto, que era fator de desconfiança e descrédito, passou a ser fundamental e parece que se firmou.

Do outro lado dessa pista de empregos e desempregos, aumento e complemento de renda, aparece o trabalho por aplicativo. Esse, em muitos casos, foi a “boia de salvação” para quem estava em situação de pura necessidade de prover seu sustento e da família.

Os demais segmentos da prestação de serviços foram estimulados ao trabalho remoto e à revisão de conceitos em torno da boa-fé.

Agora, o “novo normal” parece que vai somar e ficar com o próximo “normal”, no fim da pandemia. O trabalho remoto não vai deixar mais de existir. Principalmente porque o empresário descobriu, na prática, que a prestação de serviços presencial não é tão importante assim.

Mas, na data em que se comemora o dia do trabalhador, com mais de 14 milhões de desempregados, o trabalhador brasileiro pode tirar o dia para refletir sobre o futuro.

Em tempos de tecnologia mais atuantes e mais usuais, os trabalhadores formais devem ter em mente que os empresários descobriram que o trabalho presencial não é tão necessário. Tanto pode ser remoto, quanto substituível por programas de computadores ou, até mesmo: máquinas.

Durante esse mais de um ano de pandemia, ONGs, institutos sociais, governos, órgãos públicos e até mesmo empresas privadas disponibilizaram cursos gratuitos de capacitação para muitos setores. O objetivo foi e é, o de captar pessoas capazes de desenvolverem esse novo estilo de atividade remota ou, por aplicativos.

Muita gente ainda acredita que fazer um Uber, por exemplo, é um ” bico”, mas se engana quem pensa assim.

Muita gente já está nessa atividade por mais tempo que deveria e o retorno ao mercado de trabalho ficou mais difícil ainda, ou por questão de idade, ou qualificação profissional, no caso do pessoal que tem o terceiro grau.

Mas, isso não deve ser um motivo de preocupação e sim, de reflexão. Se compararmos com profissões mais antigas, podemos dizer que o Uber é o novo táxi. O entregado de aplicativos, o novo office-boy. Enfim, a modernização das profissões e o surgimento de novas, mudou o mercado de trabalho.

A tecnologia não pode ser encarada como meramente usual, ou seja, abrir e fechar aplicativos de mensagens para ficar sendo bombardeado por Fake News o tempo todo. A tecnologia tem que ser praticada. Ela é a uanica forma de recolocação no mercado de trabalho.

Pesquisas apontam que há mais de 10 anos o trabalho remoto vem tomando força. Outra modalidade é a Indústria 4.0 que está deixando milhares de pessoas sem emprego por falta de qualificação, ou melhor, por falta de interesse em se qualificar.

Agora é chegada a hora! Qualificação através da tecnologia, a única forma de voltar ao mercado de trabalho formal. Caso contrario, encarar a tecnologia para poder ganhar dinheiro.

De uma forma ou de outra, o trabalhador terá que se adaptar ou aprender a tecnologia.

Nesse dia importante para a classe trabalhadora, gritar, reclamar, protestar, reivindicar direitos pode ser um momento de desabafo, mas a saída ainda se chama: qualificação profissional e conhecimento tecnológico.