RIO — O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro , informou nesta quinta-feira que pediu cópia dos autos da investigação do Ministério Público do Rio sobre a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em 2016 de seu ex-assessor Fabrício Queiroz . O MP havia informado no fim de dezembro que tinha sugerido esta quinta-feira como data para o depoimento de Flávio, mas que, por ser parlamentar, ficaria a critério dele o agendamento da oitiva. Em nota publicada em suas redes sociais, Flávio afirmou que só foi notificado pelo MP no último dia 7 e que, depois que tiver acesso aos autos, vai marcar dia e horário para prestar esclarecimentos.
— “Como não sou investigado, ainda não tive acesso aos autos, já que fui notificado do convite do MP/RJ apenas no dia 7/Jan, às 12:19. No intuito de melhor ajudar a esclarecer os fatos, pedi agora uma cópia do mesmo para que eu tome ciência de seu inteiro teor. Ato contínuo, comprometo-me a agendar dia e horário para apresentar os esclarecimentos, devidamente fundamentados, ao MP/RJ para que não restem dúvidas sobre minha conduta — afirma o senador eleito em nota.
Queiroz já foi convocado para comparecer ao MP quatro vezes, mas faltou em todas as ocasiões. Em duas delas, justificou a ausência por conta de problemas de saúde. Ele retirou um tumor no intestino no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Os familiares do ex-assessor, que também trabalharam para Flávio, também não compareceram ao MP na última terça-feira alegando que haviam se mudado temporariamente para São Paulo com o objetivo de acompanhar Queiroz no tratamento.
Na nota, Flávio diz que não pode ser responsabilizado por atos de terceiros:
— Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, como parte da grande mídia tenta, a todo custo, induzir a opinião pública.
Fonte: O Globo