A PANDEMIA E O DRAMA BRASILEIRO!

Ontem, eu não conseguia dormir e passei a imaginar porque tanta tristeza vem campeando no meu país e resolvi refugiar-me no meu quarto para ouvir músicas orquestradas, sucessos que atravessaram décadas, pois não me interessava ouvir letras de algumas músicas nem sempre capazes de amenizar essa dor tão profunda que vem atingindo a todos nós.

Enquanto ouvia música perambulei pelos costumes de antigamente e lembrei dos amigos de infância, de quando brincávamos de bola de gude, futebol em campinhos pelados, onde ficávamos 4 ou 5 horas sem descansar e nada nos preocupava como o medo de morrer se nos abraçássemos. Podíamos nos aglomerar, pular juntos, gritar, e como era doce e sublime ficar no cinema agarrando a namorada, beijando sem temor, sonhando com o casamento com pompas, com a construção de uma nova família e chorei muitas vezes, porque isso que eu fiz com tanta felicidade o mundo atual não está mais permitindo aos meus filhos e netos. De repente, passei a conversar com Deus e tentei arrancar Dele uma resposta para tanta dor!

Eu queria que Ele me dissesse porque não podemos mais abraçar nossos pais ameaçados a todo instante por uma morte terrível!
E o que dizer para a mãe e o pai que não pode acompanhar o filho amado até a sua sepultura, e ao filho que não pode abraçar e dar um beijo de despedida no corpo inerte e contaminado do seu pai ou sua mãe.

Por que Deus? Esse castigo impiedoso contra os bons e os maus? Entre os que Te amam e os que nem sequer acreditam em Ti? Por que escolheste todos nós como vítimas? Até quando Senhor vai ser assim? Baixa teu olhar sob nossas almas e verás o pavor de morrer implantado em cada um de nós! Sei que alguns agiram muito mal, mas muitos meu Deus, muitos mesmo, nada fizeram para merecer esse tenebroso martírio de morrer como se estivessem mergulhando no caldeirão das águas do inferno, sem poder respirar, sentir o perfume das flores, o paladar do pão nosso de cada dia, abatidos por esse mal desgraçado, traiçoeiro e invisível?

Creio meu Senhor, que apesar de a humanidade estar tão indiferente, perversa, despida de amor, patética, egoísta, sem praticar a solidariedade, odienta, sem fé, sem esperanças, apesar de merecer esse cruel castigo, contamos com a tua bondade e misericórdia, pois a humanidade vem sendo executada em massa, sem piedade, sem compaixão, sem chances de se arrepender, e a única coisa que nos resta, meu divino Senhor, é o teu perdão por tantos erros cometidos, por tantas injustiças praticadas e a falta de atenção para com os ensinamentos do teu evangelho.

A Ciência está destroçada, sem rumo, perdendo a corrida da vida, para sucumbir no desfiladeiro da morte sem explicação ou sem o mínimo de esperanças para encontrarmos a cura. Nem as vacinas estão sendo produzidas bem ou mal, em quantidade necessária para dar esperanças ao povo que, assustado, assiste uma briga política de oposicionistas do governo, deixando os hospitais sem médicos, sem leitos, UTI’s, numa luta insana capitaneada por alguns patifes, que não dizem duas palavras sem culpar o governo, gastando milhões com propagandas eleitoreiras, sacrificando o povo, apavorando pais de famílias, e usando a força policial para atacar cidadãos na rua, nos seus comércios, na intenção frustrada de culpar o Bolsonaro por tudo, aproveitando os discursos irreverentes, mas honestos, que o presidente tem feito contra a perseguição diária que recebe de políticos ladrões, corruptos e da mídia canalha.

Uma mídia que distorce frase por frase do presidente, mas que permite a um criminoso da estirpe do Lula passar um dia inteiro usando os microfones das televisões pagas, para se gabar, mentir, acusar autoridades, repetindo uma inocência que somente no inferno ele vai conseguir provar. Descarado que praticou o maior volume de atos de corrupção já ocorridos num pais, tem a arrogância de se dizer o dono da verdade, quando diante dos seus crimes, só havendo uma justiça como a que temos hoje no pais, para ser livre e abusar do povo, que se estarrece, mas ainda não decidiu reagir!

Mas querido Deus, o nosso povo não pode pagar por todos esses descalabros e falta de respeito com a instituição da família, com a Carta Magna Brasileira, e morrer pelo descaso de todos os poderes que desgovernam o país, nos tempos dessa desgraçada pandemia.

Que nossa fé persista, que nossas esperanças se renovem a cada dia e que nossas orações jamais silenciem!

Gaitano Antonaccio é membro das Academias de Ciências e Letras Jurídicas do Amazonas e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas – ALCEAR