Para combate aos mosquitos transmissores de doenças como a malária e dengue, uma tinta com efeito inseticida, que é usada em estruturas como paredes, vem sendo testada na Amazônia.
– O produto já mostrou 100% de eficácia de mortalidade dos animais no Amapá, logo na primeira semana de experiências.
Essa descoberta é mais duradoura que o fumacê (atual método de prevenção), que fica no máximo por 2 horas no ambiente. As análises do Instituto de Pesquisas Científicas Tecnológicas do Amapá (Iepa) mostram que o inseticida na tinta pode ter duração de até 2 anos.
-O produto é inédito no Brasil, mas já é utilizado em cerca de 60 países. As testagens ocorrem em superfícies sem reboco, de madeira e engessadas.
Os estudos acontecem no estado há 7 anos. A ideia é saber se a tinta vai ter o mesmo efeito nas condições climáticas do Brasil assim como tem em outros países. A partir daí, incluí-la no Programa Nacional de dengue e malária.
Testando
É realizado a partir da pintura da parede com o inseticida. Em seguida, as fêmeas dos mosquitos são colocadas no local. Depois, os insetos são cobertos com pano preto para que repousem no local.
Os experimentos, até então, indicam que leva entre 10 e 15 minutos para que os mosquitos Anopheles e Aedes aegypti morram.
– Para que tenha efeito, a tinta não pode ser muito pigmentada, o que reduz o efeito de mortalidade. O inseticida colocado nessa tinta é micro capsulado de lenta liberação.
Registrado
registro do produto já foi solicitado na Anvisa e autorizado pelo Ministério da Saúde (MS).
Próximo passo
A experiência vai ser feita na prática em casas de habitantes. Para isso, 18 residências foram escolhidas na Ilha de Santana, na Região Metropolitana de Macapá.