Após um mês da “crise do oxigênio”, o Amazonas ainda sofre com o desabastecimento

Neste domingo (14) Manaus completou um mês do colapso no fornecimento de oxigênio hospitalar que gerou dezenas de mortes de pacientes com Covid-19.

Neste sábado, (13) o governador Wilson Lima, durante o anúncio do novo decreto, informou que a situação em Manaus está regularizada, apesar dos dados mostrarem que a demanda pelo insumo ainda está acima da média ainda que a capital tenha passado para a fase vermelha.

Mesmo em “situação regularizada”, o estado ainda recebe doações de miniusinas, de cilindros e de oxigênio hospitalar. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), nas unidades de saúde em Manaus, a média atual por dia do consumo de oxigênio é de 86 mil metros cúbicos. E, segundo informado no sábado (13), a capacidade diária atual é de 73.752m2/diário. Os dados mostram que a deficiência no fornecimento é alta.

Enquanto isso, a operação de transferência de pacientes para outros estados se intensificou a partir deste domingo (14) através de uma força tarefa em parceria com as Forças Aéreas Brasileira (FAB).

Fechando o quadro do Amazonas, a capital entra na fase vermelha, mas o interior se intensifica na fase roxa com o agravante da falta de infraestrutura hospitalar que demonstra a falta de planejamento municipal em todos os municípios que vem se arrastando a décadas. Segundo informado por alguns Defensores públicos, já foram registradas pelo menos 30 mortes de pacientes com Covid-19 e de síndromes respiratórias, vítimas da falta de oxigênio.

Após um mês da “crise de oxigênio” o problema persiste e o número de mortes parecem equalizar os resultados divulgados.