Os parisienses se preparam para celebrar a chegada de 2019 do ano em meio aos protestos dos chamados “coletes amarelos”. Temendo manifestações violentas que possam estragar a festa da virada na capital francesa, um forte dispositivo de segurança foi implementado.
O réveillon não é a festa mais animada do ano para os franceses, já que o inverno faz com que muitos prefiram passar a virada em casa com amigos. Mas, para quem decide enfrentar o frio e celebrar na rua, o principal ponto de encontro em Paris é a avenida dos Champs-Élysées, onde um espetáculo gratuito de luzes tem se tornado a atração mais popular na cidade.
O tema do espetáculo este ano, que começa às 23h40, será “Fraternidade”. Durante os últimos minutos de 2018, mensagens de paz e trechos da Declaração Universal dos Direitos Humanos – que acaba de comemorar 70 anos de existência –, serão projetados nas paredes do Arco do Triunfo, monumento situado no final da avenida dos Champs-Elysées. A hora da virada será celebrada com um espetáculo pirotécnico com fogos de artifício, que voltaram a ser autorizados para celebrar o Réveillon na capital.
Mas este ano a festa também é marcada por um contexto de protestos populares contra o governo, que podem perturbar a celebração da virada. Os chamados “coletes amarelos”, manifestantes que contestam a queda do poder aquisitivo no país, prometem sair às ruas na noite desta segunda-feira (31), inclusive na avenida dos Champs-Élysées.
Protestos e ameaça terrorista
As autoridades temem que as manifestações dos “coletes amarelos” sejam acompanhadas, como nos últimos fins de semana desde meados de novembro, de atos de vandalismo nas ruas da cidade. Para evitar esse cenário, “entre a tarde desta segunda-feira e o final da madrugada, 12 mil policiais foram mobilizados em Paris”, informou Michel Delpuech, responsável pela polícia na capital francesa.
Além da polícia, também participarão das operações militares, bombeiros e equipes de primeiros socorros. Segundo o ministério francês do Interior, cerca de 147 mil pessoas estarão mobilizadas para garantir a segurança em todo o país, sete mil a mais do que no ano passado.
O ministério do Interior lembra que, além dos possíveis protestos dos “coletes amarelos”, a celebração do Réveillon “acontece em um contexto de ameaça terrorista que continua elevado”. Um perímetro de segurança foi implementado, com apenas algumas entradas de acesso para a avenida Champs-Elysées autorizadas. Além de detectores de metal, as pessoas serão revistadas e não poderão entrar no local com bebidas alcoólicas ou garrafas de vidro.
Fonte: G1