Defensoria Pública fiscaliza vacinação contra Covid-19 em Coari

Defensores públicos recomendaram que imunização priorize profissionais da saúde no grupo de risco e seja feita por lista nominal

A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) recomendou, nesta quinta-feira (21), às prefeituras de Coari e Codajás que priorizem os profissionais da saúde mais vulneráveis à Covid-19, na primeira fase de vacinação contra a doença. Defensores públicos também cobram que a imunização nos municípios ocorra a partir de listas nominais dos trabalhadores.

Idosos, pessoas com comorbidades e que exercem atividades de risco na linha de frente do atendimento à pacientes com Covid-19 estão entre os profissionais que precisam ser priorizados, de acordo com a recomendação. A relação de trabalhadores a serem imunizados deve ser elaborada pelos gestores das unidades saúde das cidades, indicando os critérios de prioridade, e ser encaminhada ao Polo da DPE-AM em Coari.

A recomendação é assinada pelos defensores públicos Thiago Cordeiro e Bernardo Campos. “A vacinação de profissionais de saúde em grupo de risco favorece, também, a retomada de sua atividade profissional, mormente no momento atual da crise sanitária, em que o Amazonas enfrenta um déficit destes profissionais”, diz trecho do documento.

Thiago e Bernardo também destacam que a imunização dos profissionais de saúde contra Covid-19 não deve ter discriminação entre as diferentes categorias de trabalhadores. Mencionam ainda que a vacinação dos servidores promove duplo benefício, pois protege, indiretamente, os pacientes hospitalizados e os que não podem ser vacinados.

Oxigênio

Diante do colapso na saúde do Amazonas, a Defensoria Pública também está monitorando o abastecimento de oxigênio em Coari e Codajás. Nesta quinta-feira (21), os defensores públicos oficiaram às Secretarias Municipais de Saúde para que informem como está o estoque do gás e de demais insumos nas cidades.

No caso de Coari, a Defensoria também cobra informações sobre a previsão do funcionamento da usina de produção de oxigênio, anunciada há três dias. Para os dois municípios também foi solicitado o repasse de dados sobre a ocupação hospitalar e a eventual existência de um plano para remoção de pacientes graves, após a tragédia que levou 7 pessoas a óbito por falta de oxigênio em Coari nesta semana.

Academia fechadas

Na última semana, a Defensoria também oficiou a Prefeitura e o Batalhão da Polícia Militar de Coari para que cumprissem o Decreto Estadual que determina o fechamento das atividades comerciais não essenciais. Isso porque as academias no município estavam funcionando normalmente, tendo como base que um Decreto Municipal, publicado depois da determinação do Estado, não mencionava as academias.

Após a atuação da Defensoria, as academias de Coari também passaram a cumprir o Decreto Estadual, permanecendo fechadas.

Foto: Bernardo Reis