As restrições impostas por decisão judicial ao Estado valem até o dia 17.
A primeira reunião de Comitê Gestor de Combate ao Coronavírus de Parintins, realizada nesta terça-feira (05) no Centro do Idoso Pastor Lessa, definiu mudanças nas medidas protetivas adotadas no município para conter o avanço da COVID-19. As mudanças são baseadas nos dados de Manaus, onde a situação é crítica e não há leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis.
Entres as mudanças está no toque de recolher que passa a ser das 22h à 5h da manhã. Além disso o município vai obedecer a decisão judicial imposta ao Governo do Estado do Amazonas que restringe o funcionamento do comércio e demais atividades não essenciais. Como a decisão judicial do Tribunal de Justiça tem força de liminar, o decreto está em vigor retroativamente desde sábado (02).
As proibições impostas por decisão judicial ao Estado do Amazonas são: reuniões e festas, incluindo em condomínios; visita a pacientes com COVID-19; venda de produtos por ambulantes; consumo em restaurantes; funcionamento de bares (exceto os registrados como restaurantes); divulgação de liquidação na modalidade presencial e outras. As medidas são válidas até o dia 17 deste mês e estão previstas interdições e multas para estabelecimentos que descumprirem as normas.
“Decisão judicial não se discute, se cumpre. Nós temos 103 leitos; disso estão ocupados 25%, mas a nossa preocupação são os casos graves. Alguns deixam para procurar muito tarde o tratamento médico, quando chegam no hospital já estão em estado avançado. Nessa situação estamos tendo dificuldades para transferir para Manaus porque lá não há vagas disponíveis. Portanto, nós temos que proteger a população para evitar a maior contaminação possível como está acontecendo em outras partes do mundo e agora chegando fortemente no estado do Amazonas”, disse Bi Garcia.
Segundo os dados apresentados pela Coordenação de Vigilância em Saúde do município, nesta terça-feira foram registrados 23 novos casos. “A procura aumentou nos últimos dias, de 80 para 150 atendimentos por dia. As pessoas estão deixando para procurar o hospital só quando estão em estado grave e não procuram as unidades de saúde nos primeiros sintomas”, disse a diretora do Hospital Jofre Cohen, Joseane Mascarenhas.